Catálogo da BE

domingo, 27 de dezembro de 2009

José Rodrigues dos Santos recebe Prémio Clube Literário do Porto 2009


José Rodrigues dos Santos é o vencedor da edição de 2009 do Prémio Clube Literário do Porto 2009. O prémio, no valor de €25.000,00 (vinte e cinco mil euros), visa galardoar o autor que mais criatividade teve no domínio da ficção no ano em que é atribuído.

A cerimónia pública de entrega do galardão decorre na terça-feira, dia 29, às 22h00, nas instalações do Clube Literário do Porto, a que se seguirá uma sessão de autógrafos. A apresentação do galardoado estará a cargo do Professor Doutor Salvato Trigo, Reitor da Universidade Fernando Pessoa.

O autor da Gradiva atingiu a semana passada a marca de um milhão de livros vendidos em Portugal com a nova edição (150 000 exemplares) do seu mais recente romance Fúria Divina, que ocupa o primeiro lugar dos principais tops de venda do País.
As obras de José Rodrigues dos Santos estão publicadas em 15 línguas.



Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, n.º 22
4050-430 Porto
T. 222 089 228
Fax. 222 089 230
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URL: www.clubeliterariodoporto.co.pt

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Reflexão Final relativa à formação BE



Questiono o timing da Acção Práticas e Modelos de Autoavaliação das BE, a oportunidade e o seu processo de operacionalização. Revestiu-se de um trabalho esgotante e acrescido para os professores bibliotecários numa altura em que estes têm imensas actividades a decorrer nas suas BE`s. Tenho plena consciência que exageraram no número de tarefas que eram postas on-line semanalmente, como apresento, do mesmo modo, uma consciência crítica da sua eficácia para a melhoria das práticas dos professores bibliotecários. Se a finalidade era dar a conhecer o Modelo de Autoavaliação das BE´S e o modo de o operacionalizar, esta não foi a melhor forma. Como sou novo nestas “andanças” fiquei com a nítida impressão de que se trata de um modelo extremamente burocrático e complexo que vai descentralizar o trabalho do professor daquilo que é essencial numa BE. Este modelo padece dos vícios do funesto modelo de autoavaliação que o anterior Ministério da Educação queria impor à classe docente. Será que este modelo não acabará de, por si, com um cargo que se reveste de máxima importância na estrutura escolar, o de professor bibliotecário?
Do mesmo modo, questiono a ponderação final a atribuir ao blogue. Parece-me exagerado atribuir-lhe o valor de 50% da avaliação final da acção, visto que foi na realização das actividades propostas pelos diversos fóruns que os formandos investiram maior tempo. Assim como não entendo a razão pela qual as actividades realizadas no decorrer da acção têm que constar do blogue, uma vez que as mais foram, sempre, colocadas na plataforma da RBE, tal como era exigido. As formadoras, para avaliarem essas actividades, apenas têm que aceder à dita plataforma!
Penso que nesta altura muito dos professores bibliotecários sentem mais dificuldades no processo de catalogação. É urgente agendar formações neste domínio. Também a RBE deve ter a preocupação de “importunar” as Direcções das escolas para a valorização do papel do professor bibliotecário. Quanto ao Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares, não será conveniente fazer dele o “centro do Universo”, mas deve ser, apenas, entendido como um documento orientador. O professor bibliotecário deve-se impor, na sua escola, com as acções/práticas que promove em defesa de uma escola inclusiva e que promova o sucesso educativo, e preocupar-se menos com a recolha de evidências e estatísticas que valem o que valem. O melhor avaliador do trabalho do professor bibliotecário é o reconhecimento da comunidade educativa pelo trabalho prestado. A maior evidência do seu trabalho é esse reconhecimento. Deixem-nos ser professores bibliotecários e não burocratas ou maníacos de evidências e estatísticas!

Reflexão inicial sobre as BE.


A BE/CRE enquanto estratura educativa.

A dinâmica de uma Biblioteca Escolar/CRE deve interpelar para o desafio da formação integral dos nossos educandos, num horizonte de princípios promotores de uma participação cada vez mais consciente, livre e responsável porque, enquanto cidadãos, são eles os construtores da sociedade e os dinamizadores dos valores culturais do país.
A Biblioteca Escolar/CRE deve, também, contribuir para a construção de uma Escola “de todos, para todos, de sucesso e qualidade”, aberta ao exterior, numa dialéctica de competitiva/complementaridade. Numa sociedade em crescente formação/informação, esta Escola tem que, obrigatoriamente, fornecer aos alunos não só este binómio, mas também contribuir para uma formação integral do indivíduo enquanto cidadão, ser necessariamente social e, por isso, ser interveniente, com deveres e obrigações, consciencializados que interagem numa sociedade de valores e normas de conduta, que existem não para tirarem ou restringirem a nossa liberdade, mas para que possamos e sejamos capazes de respeitar a liberdade dos outros.
Tendo como princípio que a razão de existir da Escola começa e acaba no aluno, ela deve incutir neste não só uma instrução dita “formal”, mas também uma vertente marcadamente cultural e social e deve, deste modo, contribuir para a satisfação plena dos jovens que a procuram.
De facto, “é assim a Escola que queremos” e, para isso, a Biblioteca Escolar vai procurar motivar todos os intervenientes no processo educativo, promovendo uma gestão participativa e colaborando, também, com diversos parceiros educativos (culturais e sociais). Pretendemos construir uma Escola mais dinâmica, mais interventiva, mais cultural/social, uma autentica , uma oficina de prazer e lazer. Uma Escola Global. Que todos sejamos autênticos artesãos e, como tal, que os nossos olhos se possam maravilhar com o trabalho saído das nossas mãos. Pode ser uma peça singela, mas é fruto do nosso trabalho, num processo de conquista de potencialidades e de promoção e integração no todo social, reflexo da nossa cidadania e da nossa formação global como Homens.
Para tal, a Biblioteca Escolar/CRE apresenta-se, também, como espaço privilegiado de aquisição e/ou desenvolvimento de competências académicas, muitas das quais transversais às várias disciplinas que constituem o currículo dos nossos alunos, mas também de todo um conjunto de competências e saberes que constituem o individuo enquanto cidadão, (co)responsabilizando-o e alertando-o para os valores da cidadania participativa/interventiva, rumo ao prosseguimento de estudos ou para a integração na vida activa.
Assim, a Biblioteca Escolar/CRE deve-se apresentar como um espaço aberto de cooperação e troca de informações e experiências. Existe para contribuir para uma melhoria continuada das aprendizagens significativas dos nossos alunos, contribuindo, desse modo, não só para o seu sucesso educativo mas também para combater o abandono escolar na medida que se apresentará como espaço privilegiado de integração dos alunos e de partilha e construção de saberes, apoiando os alunos nas várias dimensões da sua aprendizagem. Procuraremos edificar um espaço agradável, acolhedor e proporcionador de prazer, porque acreditamos que as bibliotecas escolares e os centros de recursos são fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem e que nós próprios só poderemos evoluir se o fizermos em conjunto. Por isso, procuraremos fomentar a cooperação e a partilha de recursos, promoveremos actividade e projectos em colaboração com toda a comunidade educativa e com os vários actores sociais, económicos, políticos e culturais em que a nossa escola se encontra inserida, estimularemos a comunicação entre as escolas, e desenvolvemos instrumentos de gestão que ajudem a Biblioteca/CRE a atingir o seu objectivo. Apresentar-se-á como um local de descoberta e divertimento, no qual toda a comunidade educativa possa encontrar respostas para as suas dúvidas, pesquisar para os diversos trabalhos, ou simplesmente passar os tempos livres, num ambiente acolhedor e descontraído. Trata -se de garantir que a biblioteca escolar se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos pelas sociedades actuais.
Estas são as linhas mestras que nortearão o nosso trabalho enquanto Professores Bibliotecários enquanto dimensão da relação cooperativa entre todos os actores escolares e da comunidade onde a nossa escola se encontra inscrita.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Natal em Dezembro


Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira




Que o Natal seja vivido em todas as partes e em todos os meses do ano para que se torne universal o amor, a fraternidade, a solidariedade, a paz... Pires de Lima e Carla Pires

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FEIRA DO LIVRO

A Biblioteca Escolar desenvolveu mais uma iniciativa visando a promoção do livro e da leitura Assim, dos dias 14 a 18 realizou-se a Feira do Livro no espaço da BE. Convidou-se toda a comunidade escolar a visitar a Feira e enviou-se correspondência aos Encarregados de Educação para dar a conhecer a mesma actividade. Os livros podiam ser adquiridos a preço de feira, com um desconto de 15%. Mais uma vez, esta iniciativa revestiu-se de grande sucesso, contando com uma grande adesão de toda a comunidade educativa. Esta foi a primeira grande feira do Agrupamento e aconteceu na Escola sede. No segundo período realizar-se-á outra na Escola do 1.º Ciclo do Agrupamento, Escola E.B. 1 da Abelheira, que conta, também, com uma Biblioteca Escolar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Carta enviada à Associação de Pais.


Começo por agradecer o facto da Associação de Pais ter manifestado o interesse em colaborar com a Biblioteca Escolar. Uma BE tem que se apresentar como um espaço acolhedor, onde os alunos encontrem uma série de recursos (pedagógicos, lazer...) que sejam não só complemento e reforço dos saberes curriculares, mas também possibilitem o preenchimento dos seus tempos não lectivos em actividades de cariz mais lúdico. Assim a BE deve-se apresentar como um espaço estimulador/motivador de aprendizagens significativas que potencializem não só o sucesso educativo, mas também a plena integração do aluno na vida académica, combatendo, desse modo, o abandono escolar. Contudo, devido à asfixia orçamental de que padecem as escolas, torna-se muito difícil apetrechar as BE com todos os recursos e instrumentos necessários às boas práticas. É com este objectivo que contactamos a Associação de Pais. Neste momento, necessitamos de satisfazer algumas das necessidades mais básicas da BE, como adquirir 5/6 cadeiras, uma mesa redonda de trabalho para os alunos, alguns DVD`s, 5 prateleiras para completar uma estante, sinalética para as estantes...
Contamos com a colaboração da Associação de Pais, certos que a mesma será sensível a esta realidade.
Para mais informações, poderá contactar o Professor Bibliotecário na BE ou através do telemóvel 96 601 44 26.

Com os melhores cumprimentos,

O Professor Bibliotecário,

José Carlos Maciel Pires de Lima

sábado, 5 de dezembro de 2009

Título: O Conto da Ilha Desconhecida.

Autor: José Saramago Género: Conto Um homem vai ao rei e pede-lhe um barco para viajar até uma ilha desconhecida. O rei pergunta-lhe como pode saber que essa ilha existe, já que é desconhecida. O homem argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas. Este pequeno conto de José Saramago pode ser lido como uma parábola do sonho realizado, isto é, como um canto de optimismo em que a vontade ou a obstinação fazem a fantasia ancorar em porto seguro. Antes, entretanto, ela é submetida a uma série de embates com o status quo, com o estado consolidado das coisas, como se da resistência às adversidades viesse o mérito e do mérito nascesse o direito à concretização. Entre desejar um barco e tê-lo pronto para partir, o viajante vai de certo modo alterando a ideia que faz de uma ilha desconhecida e de como alcançá-la, e essa flexibilidade com certeza o torna mais apto a obter o que sonhou. "...Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós...", lemos a certa altura. Nesse movimento de tomar distância para conhecer está gravado o olho crítico de José Saramago, cujo optimismo parece alimentado por raízes que entram no chão profundamente. Que neste Natal vejamos (re)nascer novos sonhos nos nossos corações e façamos nascer outros tantos nos corações daqueles que amamos, tornando-nos mais solidários. Tal como afirmou Charles Dichens, procuremos honrar o Natal nos nossos corações e conservemo-lo durante todo o ano. FELIZ NATAL.

domingo, 29 de novembro de 2009

Fazer rimas.

Fazer rimas é divertido. Junta-te a nós nesta fascinante aventura!
A Biblioteca Escolar apresenta aqui uma proposta de trabalho em articulação com as várias turmas dos 2º e 3º Ciclos. Esta proposta, ainda em fase embrionária, pretende ser uma oportunidade de trabalho colaborativo a desenvolver no âmbito dos Conselhos de Turma.


Grupos intervenientes: Todos os Departamentos de todos os níveis de ensino e Biblioteca Escolar

Objectivo: Contextualizar o acontecimento histórico da Implantação da República através da banda desenhada.

Público-alvo: Todas as turmas do Agrupamento.

Metodologia:
1ª Etapa - Apresentação do livro "ViAna"- História de Viana do Castelo, em banda desenhada, apresentada pela sua autora – Inês Madeira
- Sessões na Biblioteca Escolar
- Apresentação do projecto a desenvolver com cada turma em articulação interdisciplinar, ao longo do ano lectivo (De Outubro a Maio).

2ª Etapa - Área de Projecto - Planificação do trabalho a realizar ao longo do ano, com base na temática da República.
- O que fazer?
- Como fazer?
- Como divulgar?
Elaboração de uma grelha de planificação que servirá de instrumento de trabalho interdisciplinar que circulará no livro de ponto para que todos os professores possam intervir no âmbito da sua disciplina.

3ª Etapa - Calendarização de sessões de pesquisa orientada sobre o tema do projecto no âmbito das aulas de Estudo Acompanhado em articulação com a disciplina de História - O que é a Republica?

4ª Etapa - Selecção de um tema de trabalho, por turma, a desenvolver no âmbito dos conteúdos pesquisados na 3ª etapa.
• O professor de História (2º e 3º ciclos) e o professor titular de turma (pré-escolar e 1º ciclo) são os coordenadores desta fase do projecto e orienta os alunos na escolha de um conteúdo a aprofundar tendo em vista a sua reprodução em Banda Desenhada.
• Após a pesquisa, espera-se que os alunos filtrem a informação relacionada com o tema de pesquisa, que é a Republica, de forma a poderem seleccionar em sub-tema para a elaboração do texto a apresentar em banda desenhada.
• O delegado de cada turma, orientado pelo respectivo director de turma/professor titular de turma fica com a responsabilidade de inscrever o sub-tema seleccionado, em folha própria, disponibilizada na biblioteca.

5ª Etapa – Calendarização/realização de Workshops com Inês Madeira "Como fazer banda desenhada?"

6ª Etapa – Língua Portuguesa/ EVT - Definição da linguagem a utilizar para transmitir



os conteúdos pesquisados
- O dialogo (L.P)
- As personagens (L.P/EVT)
- Representação gráfica de alguns conteúdos resultantes de pesquisa (EVT)

7ª Etapa - Composição dos textos (diálogos e narrativas) com os elementos gráficos e as personagens.
- Construção de balões, vinhetas e tiras Banda Desenhada para uma folha A3, por turma (EVT).

8ª Etapa – Maio - Sessão de apresentação dos trabalhos por ano de escolaridade/Exposição.

domingo, 22 de novembro de 2009

A tua Biblioteca Escolar "Aprende com ciência divertida"

Divulgação: grande passatempo Sapo.pt e Planeta 51.


Regulamento

1- Todos os participantes devem preencher o formulário de forma completa e verdadeira, sob pena de poderem ser eliminados do passatempo;

2- Os participantes podem participar com quantas frases desejarem, desde que preencham um formulário para cada frase e respondam sempre correctamente às perguntas;

3- Apenas serão válidas as participações que contenham a resposta correcta às perguntas colocadas e que sejam enviadas até às 12:00 horas de dia 25 de Novembro;

4- Nenhum utilizador poderá ganhar mais que um prémio por passatempo;

5- Os passatempos estão vedados a todos os trabalhadores da Zon Lusomundo e da PTC;

6- Os vencedores são escolhidos por um responsável do SAPO Kids e a sua decisão é final e inapelável;

7- O vencedor será publicado no site SAPO Kids no prazo de uma semana após o fim do passatempo;

8- O vencedor será contactado por e-mail;

9- A viagem terá de ser realizada obrigatoriamente entre dia 4 de Dezembro e dia 6 de Dezembro e inclui: (i) Viagem de avião entre Lisboa - Sevilha- Lisboa; (ii) Estadia de 2 noites num quarto familiar (2 adultos + 2 crianças até 12 anos); (iii) Entrada na Isla Magica no dia 5 de Dezembro; (iv) Estadia no Hotel Barceló.

sábado, 21 de novembro de 2009

Sessão de apresentação do livro ViAna.

No dia 19 de Novembro decorreu, na BE, a sessão de apresentação do livro ViAna, história de Viana do Castelo em Banda Desenhada, da autora e ilustradora Inês Madeira. Esta actividade teve como público-alvo os alunos do 5.º e 6.º anos. Atempadamente, contactaram-se os Directores de Turma e os professores implicados, dando-lhes a conhecer a actividade e o escalonamento das turmas. A actividade realizou-se das 08:30 às 17:00 horas, e cada sessão durou, aproximadamente, 90 minutos. No final da apresentação, os alunos puderam adquirir o livro. Cada sessão terminou com a praxe dos autógrafos. Durante a actividade foram vendidos 140 livros.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Apresentação da obra ViAna.


No dia 18 e 19 de Novembro, a nossa BE vai acolher a visita da autora e ilustradora do livro ViAna, que relata a história da nossa cidade em BD. Assim, no dia 18, a autora, Inês Madeira, visitará os JI e os estabelecimentos do 1.º ciclo. No dia 19, será a vez da escola sede, Escola E.B. 2,3 de Viana do Castelo. A obra em questão conta a história da cidade de Viana de um modo lúdico, mas pedagógico. Assim, uma gaivota percorre a cidade e, nesse percurso, vai contando ao seu filho a história desta lendária cidade.

domingo, 15 de novembro de 2009

Dia da tolerância.

No dia 16 de Novembro, a nossa BE vai celebrar o Dia da Tolerância. A actividade foi organizada em colaboração com o grupo de EMRC. Poder-se-á definir tolerância como a atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniões divergentes e de viverem em conformidade com tais opiniões. S. Tomás de Aquino escreve acerca de tolerância: “No regime humano a autoridade tolera com acerto alguns males para não impedir alguns bens ou para que não se incorra em males piores”. Estas palavras conduzem-nos para uma inequívoca existência e oposição entre o bem e o mal e, ao mesmo tempo, à irrecusável tolerância que em determinadas situações se deve ter para com quem faz o mal. O mal tolera - se e sofre-se, mas o bem defende-se e difunde-se. Tolerar o mal não significa que este se converta em bem, mas antes continua a ser mal. O moderno conceito de tolerância baseia-se no indiferentismo e no relativismo, isto é, baseia-se na convicção de que não há bens absolutos que devam ser defendidos, nem verdades objectivas perante as quais não se pode ceder. A tolerância reside no equilíbrio saudável entre a liberdade pessoal e a salvaguarda do bem comum, por isso, por vezes, esse equilíbrio se apresente bastante difícil e complexo. Porém, convém analisá-lo com calma, sem o banalizar, porque a tolerância tem de ter a sua justa medida. Todos nós aspiramos à liberdade, mas, ao mesmo tempo, exigimos protecção em relação ao uso que os outros fazem dela. Consideramos necessário que existam limites, porque as liberdades interagem entre si. Que impere a tolerância saudável e solidária!

sábado, 14 de novembro de 2009

Dia de São Martinho.

No dia de São Martinho, a nossa BE realizou a final do Concurso de Quadras alusivas a este dia festivo. Num primeiro momento, divulgamos o concurso nos locais habituais. Seguidamente, entregamos o regulamento do concurso a todos os professores do 1.º Ciclo e aos professores de Língua Portuguesa do 2.º e 3.º Ciclo. Com o envolvimento destes docentes, que trabalharam com os alunos a elaboração das quadras nas suas aulas e nas aulas de Estudo Acompanhado, tivemos uma grande participação de alunos: 130 trabalhos apresentados a concurso. Desses 130 trabalhos, seleccionámos os três melhores por cada ciclo de escolaridade. Considerámos que esta actividade se revelou como um sucesso, atendendo ao n.º de alunos participantes. Tal só foi conseguido pelo envolvimento e pela coloboração dos docentes. Todos os alunos envolvidos vão receber um diploma de participação e a sessão de entrega de prémios realizar-se-á na última semana de aulas, numa sessão pública. A Biblioteca Escolar agradece a colaboração de todos os intervenientes e espera que todo o Agrupamento continue a aderir em projectos futuros.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Palestra

ESCOLAS DE REFERÊNCIA PARA ALUNOS CEGOS E DE BAIXA VISÃO (DECRETO-LEI Nº 3/2008)
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ABELHEIRA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MONSERRATE
As escolas de referência constituem uma resposta educativa especializada desenvolvida em Agrupamentos de Escolas
ou Escolas Secundárias que concentrem alunos cegos e com baixa visão do distrito de Viana do Castelo.
Estas escolas pretendem desenvolver, entre outras, as seguintes respostas educativas:
- Assegurar a observação e avaliação visual e funcional;
- Assegurar o ensino e a aprendizagem da leitura e escrita em Braille e da orientação e mobilidade;
- Assegurar a utilização de meios informáticos específicos;
- Assegurar o treino visual específico de actividades da vida diária e de competências sociais.

Assim, a BE/CRE associa-se à dinamização da palestra: "“Construção
dos Percursos de Literacia”, orador: Dr. Serafim Queirós, que terá lugar no Auditório Carolino Ramos, na Escola Secundária de Monserrate, no dia 10 de Dezembro de 2009, pelas 17.30 h.
As inscrições devem-se realizar até ao dia 07 de Dezembro, para: Rua José Augusto Vieira, Abelheira, 4900-438, Viana do Castelo, Fax nº: 258809779, E-mail:crtic@eb23-viana-castelo.rcts.pt, indicando os seguintes dados:
Nome:
Instituição:

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Na nossa Escola, a nostalgia tomou conta das comemorações do 50º aniversário do herói de BD que nasceu em 29 de Outubro de 1959. Parabéns, Astérix, pelos teus 50 anos!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Concurso de Leitura.


No presente ano lectivo, a BE/CRE está a dinamizar um concurso de leitura no qual podem participar todos os alunos da escola E.B. 2,3 de Viana do Castelo. Este concurso encontra-se estruturado por ciclo de escolaridade.
Mensalmente, é seleccionada uma obra que deverá ser lida pelos alunos concorrentes. Os discentes têm um mês para lerem a obra escolhida pela equipa da Biblioteca Escolar e responderem a um questionário elaborado pela mesma e referente à obra em questão. Esse questionário é posto à venda na reprografia da Escola e tem o preço do praticado para uma fotocópia. Depois de preenchido, deverá ser colocado num receptáculo criado para o efeito e colocado na entrada da biblioteca. Embora possam participar todos os alunos da escola, para efeitos de apuramento dos vencedores, a seriação será feita por ano de escolaridade. O dinheiro apurado com a venda dos questionários será canalizado para a aquisição dos prémios.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

video


Filipe La Féria está a apresentar o espectáculo: "O Feiticeiro de Oz". Podem consultar: http://www.ofeiticeirodeoz.blogspot.com/

Para proceder à reserva é necessário o envio de um correio electrónico: o.teatroinfantil@gmail.com ou fax (213 245 508) com as respectivas informações:

- Nome da entidade;

- Localização na sala;

- Número de bilhetes;

- Contacto telemóvel da pessoa responsável e contacto telefónico da entidade;

- Nome da pessoa responsável.

Lotação das localizações da sala

1º Plateia (307 lugares)
2º Plateia (42 lugares)
2º Tribuna (67 lugares)
1º Tribuna (155 lugares)
1º Balcão (112 lugares)

"O Feiticeiro de Oz"
Nos próximos dias 2, 3, 4, 5 e 9 (sempre às 11h da manhã), o espectáculo irá estar em cena no auditório S. João de Brito no Lumiar, com o preço especial de 7,5€ por criança apenas para estes dias.
Por cada 25 alunos (2 entradas gratuitas para professores)

"O Feiticeiro de Oz" na internet
http://www.youtube.com/watch?v=8lkCnQjzju4
http://www.facebook.com/pages/Lisboa/O-Feiticeiro-de-Oz/150275949221
http://canelaehortela.wordpress.com/2009/10/12/feiticeiro-de-oz-encanta-no-politeama/
http://nunoalexsousa.blogspot.com/2009/10/o-feiticeiro-de-oz-de-filipa-la-feria.html
http://www.idademaior.iol.pt/tempos-livres/cultura/o-feiticeiro-de-oz/

Companhia de Teatro Arte D’Encantar


A Companhia de Teatro Arte D’Encantar vai apresentar um conjunto de espectáculos infanto-juvenis para a temporada 2009/2010.
Dada a existência de uma grande lacuna no que respeita a teatro de qualidade direccionado ao público jovem, essa Companhia resolveu apostar em levar a cena, obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) e que fazem parte integral do plano curricular da disciplina de Língua Portuguesa.
Aliando encenações atractivas e interactivas, com apontamentos de comédia, mas sem nunca negligenciar o contexto histórico/social, e respeitando o texto e os seus elementos simbólicos, pretendem desta forma, oferecer aos nossos jovens, uma ilustração viva da obra que vão abordar dentro da sala de aula, tornando-a assim mais apelativa e compreensível. Aos professores, uma vez que terão ao seu dispor a obra por eles leccionada posta em cena, oferecem uma importante ferramenta de trabalho, como complemento à análise dos textos curriculares.
Essa Companhia tem acima de tudo presente que Teatro é Arte, mas também sempre foi Educação!
Este ano, a Arte D’Encantar leva a cena as seguintes obras: O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett, e No Meu Planeta de Mia Cortês, adaptação livre para teatro da obra 'O Principezinho' de Antoine de Saint-Exupéry.
No final de cada espectáculo, o elenco estará ao dispor de alunos e professores, para uma pequena conversa, com a finalidade de esclarecer dúvidas e/ou curiosidades relativas ao espectáculo decorrido.
Os espectáculos serão realizados em Lisboa, no Auditório da ADCEO-Encarnação, e devido a uma grande procura, estão já previstas digressões ao Porto e a Braga, com a seguinte calendarização:
Porto: 23 a 27 de Novembro e 11 a 14 de Janeiro de 2010 no Auditório do Centro Social Padre Ramos, em Lavra Matosinhos;
Braga: 15 a 19 de Março de 2010, no Auditório Vita, em S.Vítor, Braga.

Para qualquer esclarecimento e/ou marcação de espectáculos, têm ao dispor os seguintes contactos: Tels. 96 76 43 780 / 91 530 97 95/ 21 390 31 87 E-mail. artedencantar@gmail.com
Mais informação acerca dos espectáculos pode ser obtida através do sítio: www.artedencantar.com.

domingo, 1 de novembro de 2009

texto

Os pioneiros da Internet em Portugal.

Corria o ano de 1994. Mês de Abril. “A Lista de Schindler” tinha acabado de ganhar o Óscar de melhor filme. Nos Estados Unidos, os telespectadores já se andavam a rir com “Seinfeld”, mas em Portugal as televisões privadas ainda davam os primeiros passos. Eram tão recentes que o “Big Show SIC” ainda não tinha sido inventado. Paralelamente, no país que ainda não conhecia o Macaco Adriano, um grupo de académicos já andava a mexer na Internet, à revelia dos restantes milhões de portugueses.DR


José Legatheaux é apontado como o "pai" da Internet em Portugal
A partir de Abril de 1994, as coisas começam a mudar: num seminário intitulado "Portugal na Internet", em Lisboa, foi mostrada ao público e aos jornalistas, pela primeira vez, a Internet em funcionamento. A partir desse dia, cada um de nós ficou um bocadinho mais perto do mundo que conhecemos hoje.

“Esse seminário marcou claramente o aparecimento ao grande público da Internet em Portugal”. Quem recorda o evento é o homem apontado como o “pai” da Internet em Portugal: José Legatheaux, actual sub-director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Mas em 1994 era o “homem do momento”. A Internet em Portugal passava, necessariamente, por ele.

Em 1994 andava, portanto, o mundo académico português deslumbrado com a Internet, imerso num frenesim de oportunidades, apesar de o português médio, o típico “António Silva”, não fazer ainda ideia que os computadores se podiam ligar em rede e que era possível enviar uma mensagem para o outro lado do mundo e receber a resposta no próprio dia. Na própria hora. No próprio minuto.

Pedro Ramalho Carlos, o homem que alguns anos mais tarde viria a fundar uma das primeiras empresas privadas de fornecimento de Internet (ISP), a IP, ainda se lembra bem da emoção que sentiu quando tomou o pulso a “isso” da Internet, quando enviou e recebeu os seus primeiros e-mails, ainda no final da década de 1980. “Era inacreditável enviar uma mensagem para o outro lado do mundo, na Califórnia, e poucos minutos depois ter uma resposta (...) Hoje este imediatismo é mais que natural”, mas na altura as coisas podiam arrastar-se, por correio normal, durante várias semanas. “Com a Internet e o e-mail tudo se passava em poucos minutos”.

Alguns meses depois da “apresentação oficial” da Internet em Portugal, o deputado José Magalhães (actual Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária e um dos primeiros “rostos” da Internet no nosso país) publicou o primeiro livro em Português sobre como usar a Internet e, a partir daí, a palavra começou a penetrar no léxico, embora só se generalizasse dois ou três anos depois. Mas a comercialização e acessibilidade da Internet ao grande público, isso só se verificaria a partir de 1999/2000.

No início era o isolamento

Começando, porém, o relato em Abril de 1994, fica por explicar como chegou, de facto, a Internet a Portugal. Para isso teremos que recuar quase uma década e meia, até 1978. Os verdadeiros pioneiros da Internet em Portugal tomaram contacto com ela por esta altura, definitivamente ainda na década de 1970.

Pedro Veiga - presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) - era então assistente do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, e começou a ter contacto com o universo das redes de computadores, “embora apoiadas em tecnologias muito diferentes das da actual Internet”, explica.

José Legatheaux teve o seu primeiro contacto com a Internet em França, enquanto fazia o doutoramento, entre 1983 e 1987. “Nessa altura só algumas universidades e alguns institutos de investigação estavam ligados à rede na Europa (muitos poucos). Nos EUA existiam mais universidades e empresas ligadas, mas tudo estava confinado no essencial ao mundo académico”, explica.

“As principais aplicações eram o e-mail (a principal), a transferência de ficheiros por FTP (File Transfer Protocol) e o login remoto. A Internet era um campo de estudo e simultaneamente uma ferramenta de trabalho para a colaboração internacional e o acesso a informação e a computadores remotos”, indica ainda o professor universitário.

Numa altura em que os “pioneiros” portugueses ainda só estavam a começar a tomar contacto com este “maravilhoso mundo novo”, nos Estados Unidos já era possível trocar, quotidianamente, e-mails entre computadores através da ARPANET, a rede precursora da Internet e que derivava de um programa militar chamado ARPA.

Mas em Portugal a Internet continuava a ser uma coisa confinada apenas a um punhado de pessoas. “No meio académico português no final dos anos de 1980 já existiam alguns académicos que conheciam a Internet - visto que a tinham utilizado esporadicamente quando estavam no estrangeiro, ou ouvido falar nela - e que desejavam interligar as universidades entre si e estas com a Internet para potenciar o seu trabalho de investigação e contactos com o estrangeiro”, recorda Legatheaux.

Paralelamente, uma nova geração de engenheiros informáticos começou a aprender o “bê-a-bá” do TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), desenvolvido nos EUA entre 1972 e 1973 por Vinton Cerf - e que, basicamente, punha os computadores a comunicar entre si de forma simples, fiável e flexível. Este é o protocolo sobre o qual ainda hoje assenta a Internet.

“Na altura (finais da década de 1980) não havia nenhuma ligação de Portugal à Internet, mas comecei a utilizar essa tecnologia [TCP/IP] em vários projectos. Era um pouco como se aprendêssemos a falar uma língua de um país longínquo, mas apenas a falávamos entre os colegas, sem poder praticar com os ‘nativos’ pois não havia ligações entre os computadores portugueses e os do resto da Internet (que na altura era praticamente totalmente americana)”, recorda Pedro Ramalho Carlos.

Universidades portuguesas ficam ligadas

Só a partir de 1990 é que, finalmente, as universidades portuguesas puderam ligar-se à Rede. “O projecto de ligação das universidades portuguesas à Internet e o estabelecimento da primeira ligação internacional decorreu sob a minha coordenação entre 1990 e 1991”, explica José Legatheaux.

“No final do projecto, que foi subsidiado pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), as principais universidades portuguesas passaram a ter acesso à Internet”. Minho, Porto, Aveiro, Coimbra, Instituto Superior Técnico, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e as Faculdades de Ciências da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova passaram a poder aceder à Rede das redes. “A maioria de nós queria estar ligado ao mundo e ter a informação na ponta dos dedos, era esse o sentimento dominante”, explica Legatheaux.

Também o domínio “.pt”, passou a existir por volta desta altura, depois da invenção do Domain Name System, ou DNS (introduzido em 1984), que veio organizar o sistema de gestão de endereços IP (é, por exemplo, aquilo que transforma o URL www.publico.pt num endereço internet passível de ser usado por máquinas).

Em 1990 o domínio ‘.pt’ passou a ser reconhecido internacionalmente”, recorda Legatheaux, que veio a assumir a tarefa de coordenar o “estabelecimento das ligações, o registo dos domínios abaixo de ‘.pt’, por delegação da FCCN, que mantém a gestão do domínio de Portugal”.

Após a invenção da World Wide Web, no início da década de 1990, ainda baseada no software desenvolvido no Centro Europeu de Física das Partículas (CERN), na Suíça, começam igualmente a ser desenvolvidos os primeiros browsers.

“Quando a Web foi inventada lembro-me bem de realizarmos um seminário para universitários por volta do fim de 1992 ou 1993 onde se mostrou a Web a funcionar ainda baseada no software do CERN. A Netscape só apareceu com o primeiro browser em 1994/95, se bem me lembro. Depois a maioria das universidades começou a transformar os seus sites - que estavam a usar outras tecnologias - para a tecnologia Web”.

Efectivamente, só após a institucionalização do www é que Internet se tornou apelativa para a maioria das pessoas. “Ainda na fase inicial, o surgimento da Web e dos browsers, enquanto aplicação que tira partido da Internet para partilhar e organizar informação de qualquer tipo, é que tornou a Internet acessível e interessante à maioria da população capaz de utilizar um computador”, comenta Pedro Carlos.

A “World Wide Wait”

No início da década de 1990, ainda não havia empresas privadas que fornecessem Internet aos cidadãos nacionais. Edifícios cobertos por wireless eram ainda do domínio da ficção científica. “As primeiras ofertas comerciais só apareceram no final de 1994 e, depois, com uma oferta mais diversificada, entre 1995 e 1996”, recorda José Legatheaux.

Até 1994, quem se queria ligar à Internet a partir de Portugal, só tinha uma hipótese: fazê-lo através do INESC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) e do PUUG (Portuguese Unix Users Group), a associação de utilizadores de sistemas operativos Unix que, em parceria, estabeleceram uma ligação internacional - na altura, a Amesterdão - “à estonteante velocidade de 19.2 kilobits por segundo (mil vezes mais lenta do que aquilo que hoje cada um de nós tem em suas casas)”, recorda Pedro Ramalho Carlos.

“Essa ligação funcionou durante vários anos como a ligação de Portugal à Internet até surgirem os ISP [Internet Service Providers – operadores de serviço de acesso à Internet]”, explica.

Para além de virtualmente inacessível aos cidadãos comuns, esta ligação era, cumulativamente, bastante cara. “Ter acesso ao e-mail (ainda não havia Web) custava 40 contos nessa altura [200 euros] mensais (...) Não havia outros ISP”, recorda Mário Valente, que, querendo colmatar esta falha, resolveu criar, ainda em 1994, o primeiro ISP privado português: a Esotérica.

Recém-estreada no mercado luso, a Esotérica cobrava dez contos (cerca de 50 euros) por trimestre, o que dava cerca de 16 euros por mês, com a vantagem de não cobrar por tráfego. Ou seja, o preço era fixo e o acesso era ilimitado.

A Esotéria, a IP e a Telepac foram os três primeiros fornecedores privados de Internet em Portugal. Quem tem hoje pelo menos 30 anos lembrar-se-á com certeza destas empresas, mas quem não cresceu com isto deve achar implausível o facto de um utilizador, tomado pela esperança mas receando o pior, se encolher diante dos “ghrrrr” e dos “biiiiiiiiiiiiips” até que, finalmente, o ecrã do seu computador ganhava vida. Era a “World Wide Wait”, no trocadilho jocoso proposto por Pedro Ramalho Carlos, que, por seu lado, resolveu fundar a IP em Julho 1995, com mais quatro sócios.

Nessa altura, recorda Pedro Carlos, chegou a ir propor à Portugal Telecom (nessa altura ainda Telecom Portugal) a criação de uma empresa que fornecesse o acesso de Internet ao mercado em geral - isto ainda em 1993/94, e de o responsável pelo departamento de operação de dados da empresa lhe ter dito que não estava interessado em parcerias, porque “isso da Internet é uma coisa de académicos”.

À velocidade da luz

A partir de 1999/2000 tudo muda, em grande medida devido à liberalização do mercado das telecomunicações. O acesso também deixa, por esta altura, de se fazer exclusivamente via modem, passando-se a fazer via cabo ou ADSL.

“Começámos pela velha linha telefónica, passámos no início dos anos 2000 com a banda larga always on, e mais recentemente com a mobilidade e a ultra-broadband. Tudo isto induzido pela concorrência entre operadores, em benefício dos consumidores. Infelizmente a concorrência nesta área em Portugal foi sempre muito desnivelada, o que fez com a maioria dos pequenos operadores já tenha desaparecido”, recorda Pedro Carlos.

“Por volta do ano 2000, o panorama do acesso à Internet estava totalmente mudado. A maioria dos acessos era providenciada de forma pública por operadores de telecomunicações de grandes dimensões nacionais ou estrangeiros. Todas as empresas pioneiras tinham sido compradas pelos operadores internacionais”, resume Legatheaux.

O futuro é amanhã, ou terá sido ontem?

Chegados aos dias de hoje, estamos já na idade madura da Web 2.0, a das redes sociais, dos blogues, da comunicação interpessoal em tempo recorde, do Twitter e do Facebook, do iTunes e do YouTube. Dos chats, mensagens instantâneas, Net no telemóvel e wireless no café.

Questionados sobre se conseguiriam adivinhar que, em apenas uma década e meia desde a sua apresentação aos portugueses, a Internet se transformaria naquilo que é hoje - praticamente um bem de primeira necessidade -, as respostas dividem-se.

“Quem disser que sim [que conseguia adivinhar], deve estar a mentir. Era difícil de imaginar a generalização e extraordinária descida dos preços por bit transferido”, argumenta Legatheaux.

Mário Valente assume, porém, sem falsas modéstias, a sua antevisão: “Não só imaginei como exigi! Numa conferência em 1995, onde estava presente José Magalhães, disse que aquilo que queria era, daí a uns anos, poder estar na praia a aceder à Internet com o meu portátil. Parecia ficção científica e, na altura, as pessoas riram-se muito. Mas aconteceu”.

Pedro Ramalho Carlos corrobora: “Tive a certeza que com a Internet estava ‘em cima’ de algo que ia mudar a maneira como trabalhávamos, como nos divertíamos e como nos organizávamos enquanto sociedade. Confirmou-se e estou certo que a Internet vai continuar a ser uma peça fundamental no progresso da Humanidade”.

Sobre o futuro da Internet e sobre os saltos qualitativos que a Rede ainda dará, quase todos os “pioneiros” são unânimes: a Rede vai estar em todo o lado, vai antecipar as nossas chegadas a casa, dizer-nos o que falta no frigorífico e ajudar-nos a circular pela cidade: “É a Internet das Coisas, aquela que vai permitir ligar à Rede muitos dispositivos domésticos, pessoais e objectos do dia-a-dia”, vaticina Pedro Veiga.

Mário Valente partilha da mesma opinião: “outro salto que terá grandes consequências é a ligação de tudo à Internet. Semáforos, luzes, paragens de autocarro, carros, portas, edifícios, televisores, etc.; tudo o que é objecto com o qual interagimos. Isso vai ter enormes repercussões na forma como o mundo funciona. Especialmente quando isso for ligado ao factor localização (GPS). Eu posso estar numa cidade, apontar para um monumento, e obter uma descrição falada do mesmo, por via da identificação da imagem e por via do posicionamento GPS”.

E não esquecer “a facilidade com que trataremos de coisas que dantes exigiam ir pessoalmente para filas”. “Será um facto marcante”, assinala Legatheaux.

Por outro lado, quase todos coincidem no mesmo: haverá Internet cada vez mais rápida e para mais pessoas, a partir de terminais móveis.

Outros grandes saltos qualitativos que se espera que a Internet venha a apresentar nos próximos tempos são a generalização do vídeo e da televisão através da Rede e a banalização do cloud computing (o armazenamento das informações pessoais em servidores online, independentemente dos terminais usados por cada utilizador).

Acerca dos riscos e das ameaças que o futuro da Internet poderá vir a trazer, quase todos os “pioneiros” concordam: por um lado haverá cada vez maiores problemas de segurança e de fiabilidade na Rede e, por outro, “crescerão também, e muito, os problemas de privacidade”, indica Legatheaux. “Este problema está a ser desprezado e vai custar caro às liberdades individuais que conhecemos”, alerta.

E, em última análise, imaginando um futuro em que passe a existir uma “fusão da maioria das tecnologias de acesso a redes numa grande rede gigantesca, omnipresente, de alta velocidade, com base na tecnologia da desenvolvida na Internet”, há o risco de as coisas fugirem ao controlo das instituições. “Há a possibilidade de se criarem empresas e organizações tentaculares a nível mundial completamente fora do controlo das leis que conhecemos”, alerta o “pai” da Internet em Portugal.

Convém, porém, não esquecer, que Portugal continua a ter mais de metade da sua população “desligada”. De acordo com os mais recentes dados do Bareme Internet da Marktest, só perto de 4,5 milhões de portugueses acedem regularmente à Internet. Apesar deste indicador, o número de utilizadores em Portugal Continental aumentou dez vezes nos últimos 13 anos e cerca de 2,95 milhões de utilizadores estavam ligados, no final do segundo trimestre de 2009, através de banda larga móvel, segundo a ANACOM.

Notícia actualizada às 19h10, 31/10/2009

sábado, 31 de outubro de 2009

A BE/CRE enquanto estratura educativa.


A dinâmica de uma Biblioteca Escolar/CRE deve interpelar para o desafio da formação integral dos nossos educandos, num horizonte de princípios promotores de uma participação cada vez mais consciente, livre e responsável porque, enquanto cidadãos, são eles os construtores da sociedade e os dinamizadores dos valores culturais do país.
A Biblioteca Escolar/CRE deve, também, contribuir para a construção de uma Escola “de todos, para todos, de sucesso e qualidade”, aberta ao exterior, numa dialéctica de competitiva/complementaridade. Numa sociedade em crescente formação/informação, esta Escola tem que, obrigatoriamente, fornecer aos alunos não só este binómio, mas também contribuir para uma formação integral do indivíduo enquanto cidadão, ser necessariamente social e, por isso, ser interveniente, com deveres e obrigações, consciencializados que interagem numa sociedade de valores e normas de conduta, que existem não para tirarem ou restringirem a nossa liberdade, mas para que possamos e sejamos capazes de respeitar a liberdade dos outros.
Tendo como princípio que a razão de existir da Escola começa e acaba no aluno, ela deve incutir neste não só uma instrução dita “formal”, mas também uma vertente marcadamente cultural e social e deve, deste modo, contribuir para a satisfação plena dos jovens que a procuram.
De facto, “é assim a Escola que queremos” e, para isso, a Biblioteca Escolar vai procurar motivar todos os intervenientes no processo educativo, promovendo uma gestão participativa e colaborando, também, com diversos parceiros educativos (culturais e sociais). Pretendemos construir uma Escola mais dinâmica, mais interventiva, mais cultural/social, uma autentica , uma oficina de prazer e lazer. Uma Escola Global. Que todos sejamos autênticos artesãos e, como tal, que os nossos olhos se possam maravilhar com o trabalho saído das nossas mãos. Pode ser uma peça singela, mas é fruto do nosso trabalho, num processo de conquista de potencialidades e de promoção e integração no todo social, reflexo da nossa cidadania e da nossa formação global como Homens.
Para tal, a Biblioteca Escolar/CRE apresenta-se, também, como espaço privilegiado de aquisição e/ou desenvolvimento de competências académicas, muitas das quais transversais às várias disciplinas que constituem o currículo dos nossos alunos, mas também de todo um conjunto de competências e saberes que constituem o individuo enquanto cidadão, (co)responsabilizando-o e alertando-o para os valores da cidadania participativa/interventiva, rumo ao prosseguimento de estudos ou para a integração na vida activa.
Assim, a Biblioteca Escolar/CRE deve-se apresentar como um espaço aberto de cooperação e troca de informações e experiências. Existe para contribuir para uma melhoria continuada das aprendizagens significativas dos nossos alunos, contribuindo, desse modo, não só para o seu sucesso educativo mas também para combater o abandono escolar na medida que se apresentará como espaço privilegiado de integração dos alunos e de partilha e construção de saberes, apoiando os alunos nas várias dimensões da sua aprendizagem. Procuraremos edificar um espaço agradável, acolhedor e proporcionador de prazer, porque acreditamos que as bibliotecas escolares e os centros de recursos são fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem e que nós próprios só poderemos evoluir se o fizermos em conjunto. Por isso, procuraremos fomentar a cooperação e a partilha de recursos, promoveremos actividade e projectos em colaboração com toda a comunidade educativa e com os vários actores sociais, económicos, políticos e culturais em que a nossa escola se encontra inserida, estimularemos a comunicação entre as escolas, e desenvolvemos instrumentos de gestão que ajudem a Biblioteca/CRE a atingir o seu objectivo. Apresentar-se-á como um local de descoberta e divertimento, no qual toda a comunidade educativa possa encontrar respostas para as suas dúvidas, pesquisar para os diversos trabalhos, ou simplesmente passar os tempos livres, num ambiente acolhedor e descontraído. Trata -se de garantir que a biblioteca escolar se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos pelas sociedades actuais.
Estas são as linhas mestras que nortearão o nosso trabalho enquanto Professores Bibliotecários enquanto dimensão da relação cooperativa entre todos os actores escolares e da comunidade onde a nossa escola se encontra inscrita.