Catálogo da BE

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Reflexão Final relativa à formação BE



Questiono o timing da Acção Práticas e Modelos de Autoavaliação das BE, a oportunidade e o seu processo de operacionalização. Revestiu-se de um trabalho esgotante e acrescido para os professores bibliotecários numa altura em que estes têm imensas actividades a decorrer nas suas BE`s. Tenho plena consciência que exageraram no número de tarefas que eram postas on-line semanalmente, como apresento, do mesmo modo, uma consciência crítica da sua eficácia para a melhoria das práticas dos professores bibliotecários. Se a finalidade era dar a conhecer o Modelo de Autoavaliação das BE´S e o modo de o operacionalizar, esta não foi a melhor forma. Como sou novo nestas “andanças” fiquei com a nítida impressão de que se trata de um modelo extremamente burocrático e complexo que vai descentralizar o trabalho do professor daquilo que é essencial numa BE. Este modelo padece dos vícios do funesto modelo de autoavaliação que o anterior Ministério da Educação queria impor à classe docente. Será que este modelo não acabará de, por si, com um cargo que se reveste de máxima importância na estrutura escolar, o de professor bibliotecário?
Do mesmo modo, questiono a ponderação final a atribuir ao blogue. Parece-me exagerado atribuir-lhe o valor de 50% da avaliação final da acção, visto que foi na realização das actividades propostas pelos diversos fóruns que os formandos investiram maior tempo. Assim como não entendo a razão pela qual as actividades realizadas no decorrer da acção têm que constar do blogue, uma vez que as mais foram, sempre, colocadas na plataforma da RBE, tal como era exigido. As formadoras, para avaliarem essas actividades, apenas têm que aceder à dita plataforma!
Penso que nesta altura muito dos professores bibliotecários sentem mais dificuldades no processo de catalogação. É urgente agendar formações neste domínio. Também a RBE deve ter a preocupação de “importunar” as Direcções das escolas para a valorização do papel do professor bibliotecário. Quanto ao Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares, não será conveniente fazer dele o “centro do Universo”, mas deve ser, apenas, entendido como um documento orientador. O professor bibliotecário deve-se impor, na sua escola, com as acções/práticas que promove em defesa de uma escola inclusiva e que promova o sucesso educativo, e preocupar-se menos com a recolha de evidências e estatísticas que valem o que valem. O melhor avaliador do trabalho do professor bibliotecário é o reconhecimento da comunidade educativa pelo trabalho prestado. A maior evidência do seu trabalho é esse reconhecimento. Deixem-nos ser professores bibliotecários e não burocratas ou maníacos de evidências e estatísticas!

Reflexão inicial sobre as BE.


A BE/CRE enquanto estratura educativa.

A dinâmica de uma Biblioteca Escolar/CRE deve interpelar para o desafio da formação integral dos nossos educandos, num horizonte de princípios promotores de uma participação cada vez mais consciente, livre e responsável porque, enquanto cidadãos, são eles os construtores da sociedade e os dinamizadores dos valores culturais do país.
A Biblioteca Escolar/CRE deve, também, contribuir para a construção de uma Escola “de todos, para todos, de sucesso e qualidade”, aberta ao exterior, numa dialéctica de competitiva/complementaridade. Numa sociedade em crescente formação/informação, esta Escola tem que, obrigatoriamente, fornecer aos alunos não só este binómio, mas também contribuir para uma formação integral do indivíduo enquanto cidadão, ser necessariamente social e, por isso, ser interveniente, com deveres e obrigações, consciencializados que interagem numa sociedade de valores e normas de conduta, que existem não para tirarem ou restringirem a nossa liberdade, mas para que possamos e sejamos capazes de respeitar a liberdade dos outros.
Tendo como princípio que a razão de existir da Escola começa e acaba no aluno, ela deve incutir neste não só uma instrução dita “formal”, mas também uma vertente marcadamente cultural e social e deve, deste modo, contribuir para a satisfação plena dos jovens que a procuram.
De facto, “é assim a Escola que queremos” e, para isso, a Biblioteca Escolar vai procurar motivar todos os intervenientes no processo educativo, promovendo uma gestão participativa e colaborando, também, com diversos parceiros educativos (culturais e sociais). Pretendemos construir uma Escola mais dinâmica, mais interventiva, mais cultural/social, uma autentica , uma oficina de prazer e lazer. Uma Escola Global. Que todos sejamos autênticos artesãos e, como tal, que os nossos olhos se possam maravilhar com o trabalho saído das nossas mãos. Pode ser uma peça singela, mas é fruto do nosso trabalho, num processo de conquista de potencialidades e de promoção e integração no todo social, reflexo da nossa cidadania e da nossa formação global como Homens.
Para tal, a Biblioteca Escolar/CRE apresenta-se, também, como espaço privilegiado de aquisição e/ou desenvolvimento de competências académicas, muitas das quais transversais às várias disciplinas que constituem o currículo dos nossos alunos, mas também de todo um conjunto de competências e saberes que constituem o individuo enquanto cidadão, (co)responsabilizando-o e alertando-o para os valores da cidadania participativa/interventiva, rumo ao prosseguimento de estudos ou para a integração na vida activa.
Assim, a Biblioteca Escolar/CRE deve-se apresentar como um espaço aberto de cooperação e troca de informações e experiências. Existe para contribuir para uma melhoria continuada das aprendizagens significativas dos nossos alunos, contribuindo, desse modo, não só para o seu sucesso educativo mas também para combater o abandono escolar na medida que se apresentará como espaço privilegiado de integração dos alunos e de partilha e construção de saberes, apoiando os alunos nas várias dimensões da sua aprendizagem. Procuraremos edificar um espaço agradável, acolhedor e proporcionador de prazer, porque acreditamos que as bibliotecas escolares e os centros de recursos são fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem e que nós próprios só poderemos evoluir se o fizermos em conjunto. Por isso, procuraremos fomentar a cooperação e a partilha de recursos, promoveremos actividade e projectos em colaboração com toda a comunidade educativa e com os vários actores sociais, económicos, políticos e culturais em que a nossa escola se encontra inserida, estimularemos a comunicação entre as escolas, e desenvolvemos instrumentos de gestão que ajudem a Biblioteca/CRE a atingir o seu objectivo. Apresentar-se-á como um local de descoberta e divertimento, no qual toda a comunidade educativa possa encontrar respostas para as suas dúvidas, pesquisar para os diversos trabalhos, ou simplesmente passar os tempos livres, num ambiente acolhedor e descontraído. Trata -se de garantir que a biblioteca escolar se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos pelas sociedades actuais.
Estas são as linhas mestras que nortearão o nosso trabalho enquanto Professores Bibliotecários enquanto dimensão da relação cooperativa entre todos os actores escolares e da comunidade onde a nossa escola se encontra inscrita.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Natal em Dezembro


Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira




Que o Natal seja vivido em todas as partes e em todos os meses do ano para que se torne universal o amor, a fraternidade, a solidariedade, a paz... Pires de Lima e Carla Pires

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FEIRA DO LIVRO

A Biblioteca Escolar desenvolveu mais uma iniciativa visando a promoção do livro e da leitura Assim, dos dias 14 a 18 realizou-se a Feira do Livro no espaço da BE. Convidou-se toda a comunidade escolar a visitar a Feira e enviou-se correspondência aos Encarregados de Educação para dar a conhecer a mesma actividade. Os livros podiam ser adquiridos a preço de feira, com um desconto de 15%. Mais uma vez, esta iniciativa revestiu-se de grande sucesso, contando com uma grande adesão de toda a comunidade educativa. Esta foi a primeira grande feira do Agrupamento e aconteceu na Escola sede. No segundo período realizar-se-á outra na Escola do 1.º Ciclo do Agrupamento, Escola E.B. 1 da Abelheira, que conta, também, com uma Biblioteca Escolar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Carta enviada à Associação de Pais.


Começo por agradecer o facto da Associação de Pais ter manifestado o interesse em colaborar com a Biblioteca Escolar. Uma BE tem que se apresentar como um espaço acolhedor, onde os alunos encontrem uma série de recursos (pedagógicos, lazer...) que sejam não só complemento e reforço dos saberes curriculares, mas também possibilitem o preenchimento dos seus tempos não lectivos em actividades de cariz mais lúdico. Assim a BE deve-se apresentar como um espaço estimulador/motivador de aprendizagens significativas que potencializem não só o sucesso educativo, mas também a plena integração do aluno na vida académica, combatendo, desse modo, o abandono escolar. Contudo, devido à asfixia orçamental de que padecem as escolas, torna-se muito difícil apetrechar as BE com todos os recursos e instrumentos necessários às boas práticas. É com este objectivo que contactamos a Associação de Pais. Neste momento, necessitamos de satisfazer algumas das necessidades mais básicas da BE, como adquirir 5/6 cadeiras, uma mesa redonda de trabalho para os alunos, alguns DVD`s, 5 prateleiras para completar uma estante, sinalética para as estantes...
Contamos com a colaboração da Associação de Pais, certos que a mesma será sensível a esta realidade.
Para mais informações, poderá contactar o Professor Bibliotecário na BE ou através do telemóvel 96 601 44 26.

Com os melhores cumprimentos,

O Professor Bibliotecário,

José Carlos Maciel Pires de Lima