Catálogo da BE

sábado, 12 de junho de 2010

Um encontro com Mia Couto.



Cartaz da acção"Saboreando as palavras com Mia Couto", a realizar na Biblioteca Municipal de Ponte de Lima no dia 17 de Junho, às 18h. Um encontro com o escritor. Uma conversa. Um convite. Uma oportunidade.


Leitura Serralves




sexta-feira, 11 de junho de 2010

1GOAL: Educação para Todos


Grandes notícias! Este fim-de-semana, o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou os planos para uma Cimeira Internacional de alto nível que irá ocorrer antes do fim do Campeonato do Mundo de Futebol, no dia 7 de Julho – especificamente para desafiar os líderes mundiais a garantirem uma educação de qualidade para os 72 milhões de crianças que estão fora da escola.


Não podemos perder esta oportunidade espantosa de fazer ouvir as nossas vozes. Por isso, aqui está o plano: Entre agora e a Cimeira, os adeptos de futebol e os apoiantes da Campanha 1GOAL no mundo inteiro irão escrever milhares de mensagens aos líderes mundiais em cartões amarelos especiais. É um aviso universal que eles não poderão ignorar – esse aviso dirá que temos de agir rapidamente, caso contrário será mais uma geração inteira de crianças que irá ver a sua esperança de futuro desaparecer.



Poderá emitir o seu próprio cartão amarelo online. Nós imprimiremos o seu nome e os seus comentários num cartão personalizado. Depois, trabalhando em conjunto com activistas locais da África do Sul, entregá-los-emos directamente aos líderes mundiais quando estes se reunirem para a cimeira da educação no dia 7 de Julho. Juntos, tornaremos bem claro que o objectivo real é uma educação de qualidade para cada uma das crianças.



Por favor clique em baixo para preencher e emitir hoje o seu cartão amarelo:



www.join1goal.org/r/cartaoamarelopt



A FIFA, futebolistas de topo como o Pele e Zidane, líderes mundiais como a Rainha Rania, o Arcebispo Desmond Tutu, super-estrelas globais como Shakira, e milhões de adeptos em todo o mundo juntaram-se para fazer da educação para todos o legado duradouro do Campeonato do Mundo de 2010.



A Educação é a chave para ajudar nações inteiras a sair da pobreza, garantindo que cada rapariga poderá crescer em igualdade, e oferecendo um abanão justo na vida de cada criança. Mas há 72 milhões de crianças em idade escolar em todo o mundo a quem nunca foi permitido entrar numa sala de aula. E 1 em cada 4 mulheres no mundo todo não sabem ler esta mensagem, ou qualquer outra mensagem.



Não tem de ser assim. Investimentos novos relativamente pequenos, combinados com acordos globais sobre como os gastar sabiamente, poderiam facilmente garantir uma educação de qualidade a cada criança.



Se as nossas vozes forem em número suficiente, os nossos líderes irão agir. Mas se ficarmos silenciosos, poderemos perder esta oportunidade histórica.



Este é o nosso grande momento para mostrar aos líderes mundiais que quando se trata de garantir que cada criança tem uma hipótese de aprender, os adeptos de futebol de todos os países estão a apoiar o mesmo lado.



Envie o seu cartão amarelo da educação hoje:



www.join1goal.org/r/cartaoamarelopt



Obrigado por fazer a diferença,



A equipa da Campanha 1GOAL





quinta-feira, 10 de junho de 2010

Exposições no CMIA.

EXPOSIÇÃO TEMÁTICA DO CMIA “BIODIVERSIDADE EM ESPAÇOS NATURAIS DE VIANA DO CASTELO”

Esta é uma exposição produzida pelo Município de Viana do Castelo em parceria som a Sociedade Portuguesa para Vida Selvagem. Apresenta uma breve descrição dos espaços naturais mais marcantes do concelho e sua biodiversidade. Reporta-nos para a importância de reconhecer o valor que cada elemento natural tem no meio ambiente e necessidade da sua protecção. A exposição estará patente no CMIA de Viana do Castelo até dia 16 de Outubro – a entrada é livre. Integrará a partir de Novembro de 2010 o conjunto de exposições itinerantes que o CMIA tem disponível para requisição por qualquer entidade.



EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS SOBRE O RIO NEIVA “OLHARES SOBRE O NEIVA”


Olhares dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico da Escola de ensino básico e secundário de Barroselas no âmbito da disciplina de Geografia. Apresenta-se assim, no CMIA de Viana do Castelo para o público em geral um conjunto de fotografias de alunos dessa escola sobre o património natural da sua freguesia. A entrada é livre.


ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO “BIODIVERSIDADE EM MEIO AQUÁTICO, integrado no Programa Bandeira Azul da Europa

26 de Junho (9H00 – 13H00) - "Sistemas dunares: mais do que montes de areia"

Venha connosco descobrir a flora, os invertebrados e os anfíbios dos sistemas dunares da praia da Amorosa, local onde foi identificada uma nova espécie de aranha, em todo o mundo.

9H00: visita guiada à exposição temática do CMIA “Biodiversidade em espaços naturais de Viana do Castelo”;
9H45: deslocação à praia da Amorosa para actividade prática sobre estudo dos sistemas dunares.

Inscrição obrigatória (participação gratuita). Jovens até aos 18 anos de idade devem ser acompanhados por adultos.


Dinamizado pelo Prof. Pedro Gomes - Sociedade Portuguesa para a Vida Selvagem.

OFICINAS DE VERÃO NO CMIA 2010

OFICINA “Do Sol ao Vento”: de 28 de Junho a 09 de Julho

OFICINA ”Da Terra à Lua”: de 12 de Julho a 23 de Julho

Destinam-se a crianças dos 6 aos 10 anos;
As inscrições são aceites por ordem de chegada a partir das 9H00 do dia 16 de Junho de 2010 por uma das seguintes formas:
· Recepção do CMIA (Rua da Argaçosa – antigas Azenhas de D. Prior das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 18H00);

· Via e-mail: cmia@cm-viana-castelo.pt;

Aceitam-se inscrições até à última 5º feira antecedente ao início de cada oficina;
Cada oficina (10 dias úteis) terá o custo de 55,00€. O valor a pagar inclui: Alimentação; Acompanhamento permanente de monitores; Material e transporte necessário à realização das actividades; Seguro de acidentes pessoais.

No site do CMIA está disponível calendarização, regulamento e ficha de inscrição nas oficinas.

Só aceitamos inscrições com registo de entrada a partir das 9H00 do dia 16 de Junho (via email ou directamente no CMIA).


Leonor Cruz

Morreu o escritor vianense António Manuel Couto Viana

António Manuel Couto Viana nasceu a 24 de Janeiro de 1923, em Viana do Castelo, e morreu a 8 de Junho de 2010, em Lisboa. Foi poeta, contista, dramaturgo, ensaísta, memorialista, e autor de livros para crianças, contando a sua obra com mais de uma centena de títulos, muitos dos quais premiados.

A sua estreia literária deu-se em 1948 com o livro de poemas O Avestruz Lírico, mas já escrevia desde 1943, pelo menos, em jornais locais de Viana, Braga, Valença e Lisboa.

Dirigiu com David Mourão Ferreira e Luís de Macedo as folhas de poesia Távola Redonda, e em 1956-1957, a revista de cultura Graal. Para além disso, fez ainda parte do conselho de redacção da revista Tempo Presente, entre 1959 e 1961.

Interessou-se pelo teatro desde cedo, tendo colaborado como actor, cenógrafo, encenador e empresário em várias companhias. Fez parte da direcção do Teatro de Ensaio, da Companhia Nacional de Teatro, foi director do Teatro do Gerifalto e encenou óperas para o Círculo Portuense de Ópera e Companhia Portuguesa de Ópera.

A sua obra está traduzida em francês, inglês, castelhano, chinês, alemão e russo.

O Município de Viana do Castelo quando da inauguração das novas instalações da Biblioteca Municipal, em Janeiro de 2008, designou a sala polivalente / auditório de Sala Couto Viana homenageando o ilustre escritor vianense António Manuel e, também, seu Pai e Irmãs, igualmente escritores.

António Manuel Couto Viana recebeu condecorações de Portugal e de Espanha.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CAMPEONATO DE "MAGIC THE GATHERING"


No dia 15 de Junho, terça-feira, realizar-se-á, na BE/CRE, um campeonato do jogo Magic the Gathering, organizodo pelos alunos Álvaro Filipe Costa, n.º 1; Filipe Meira da Costa, n.º 11; Rui Filipe Rodrigues Lima, n.º 16 e Simón Sanches Y Ferreira, n.º 18 (alunos do 7.º E), em colaboração com a BE/CRE. Os alunos interessados podem-se inscrever junto da D. Helena. Participa!

Debate “Os Desafios dos Direitos Humanos na actualidade”


O Grupo Local 24 da Amnistia Internacional promove no dia 11 de Junho, pelas 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Pública Municipal de Viana do Castelo, o Debate “Os Desafios dos Direitos Humanos na actualidade”, integrado na iniciativa “Os Dias dos Direitos Humanos em Viana do Castelo”.


O Debate terá como oradores o Dr. Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados e a Dr.ª Ana Gomes, Deputada ao Parlamento Europeu, e será moderado por Armando Borlido, Membro da Direcção Nacional da Amnistia Internacional Portugal.

As novas escolas querem mudar o ensino em Portugal

Uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos - é esta a visão que a Parque Escolar tem para o ensino em Portugal.

Para a entidade pública empresarial que até 2015 vai modernizar 332 estabelecimentos de ensino por todo o país, a escola em que os estudantes não podem estar nos corredores durante os intervalos e em que tudo se centra nas salas de aula nas quais professores em cima de estrados "dão a matéria" a alunos sentados em filas de mesas e cadeiras faz já parte do passado.

A modernização das escolas anunciada pelo Governo de José Sócrates não é apenas um projecto em que as velhas escolas, com a pintura a cair e janelas que não fecham, passam a ter um novo rosto. A ideia é aproveitar as obras - e o ano escolar que agora termina foi de esforço para as escolas, obrigadas a trabalhar no meio de máquinas, e poeira - para modernizar também a concepção do ensino.
Para lá das polémicas que têm rodeado o projecto, lançado em 2007, (o sistema de ajuste directo de projectos criou mal-estar entre os arquitectos e levantaram-se dúvidas sobre as intervenções, sobretudo nos liceus históricos) a ideia é aproveitar as obras para modernizar também a concepção do ensino. Mas as novas ideias vão ter que caber em fatos antigos - não estão a ser construídas escolas de raiz; o que se está a fazer é recuperar edifícios, dos chamados "liceus históricos" do princípio do século XX, passando pelos que foram construídos pelo Estado Novo, nos anos 30, 40 e 50, até ao modelo de pavilhões (de baixa qualidade de construção), que se espalhou por todo o país a seguir ao 25 de Abril, com a democratização do ensino. Será o novo modelo compatível com estes antigos espaços?
O PÚBLICO foi ver o que prevê o programa de modernização, que modelo de escola inspira esta iniciativa, e que transformações estão de facto a acontecer nos edifícios. Visitámos cinco escolas e conversámos com a arquitecta Teresa Heitor, vogal do conselho de administração da Parque Escolar, ouvimos arquitectos e professores.

Biblioteca no centro
O ensino está a mudar, diz Teresa Heitor. "Hoje não se centra apenas no ministrar de conhecimento e competências básicas de professor para aluno. Vai mais longe. Há princípios que a escola tenta divulgar que têm a ver com um melhor acesso à informação, uma capacidade para gerir essa informação".
Num modelo muito inspirado em experiências de países como a Finlândia ou a Holanda, a Parque Escolar propõe uma escola com espaços mais informais (é o conceito da learningstreet, ver texto nestas páginas), locais para pequenas exposições de trabalhos e, acima de tudo, uma biblioteca, que passa a assumir um lugar central, com jornais, revistas, computadores, Internet. No caso dos liceus antigos, mantém-se por vezes a biblioteca original como "memória histórica" e espaço mais formal, e cria-se uma nova.
A biblioteca deve ser um "espaço aberto à comunidade": juntas de freguesia ou outras entidades poderão usá-las para iniciativas abertas ao exterior. Os novos pavilhões gimnodesportivos e salas polivalentes podem ser cedidos ou alugados pela escola, que se abre ao bairro e pode ter fontes de rendimento alternativas. "A ideia é levar a escola para fora dos seus limites físicos, trazendo para dentro as pessoas de fora", explica Teresa Heitor. Em muitos casos pretende-se ainda instalar um Centro de Novas Oportunidades.
Tudo isto - acrescido da necessidade de novas salas de aula, novos laboratórios devidamente equipados, espaços para os professores poderem reunir-se e trabalhar (para além da tradicional sala de professores) e espaços para os alunos (nas escolas antigas a "sala de alunos" era o recreio coberto, salas fechadas só surgem nos anos 60) - representa, para os arquitectos a trabalhar nas escolas um desafio complicado.
O programa é pesado e o que se lhes pede é que encontrem espaço nas escolas para o instalar - processo que se torna ainda mais complicado nos edifícios históricos, onde se tem especial cuidado na recuperação do original. As soluções são, obviamente, todas diferentes, mas passam sempre pela construção de área nova (que pode ficar mais ou menos escondida, conforme a opção). Há em média 30 por cento de construção nova, indica a responsável da Parque Escolar.
Mas, ao criar os tais espaços mais informais e ao "descentrar o ensino da sala de aula", não estará a arquitectura a ir à frente do que é a realidade das escolas hoje? No final da década de 60 foi precisamente isso que aconteceu "com o modelo das escolas abertas, em que se rebentava com os limites da sala de aula para criar grandes espaços", recorda Teresa Heitor. Na altura "as pessoas não foram capazes de se adaptar, mas isso foi há 40 anos e hoje há uma evolução do conceito do ensino centrado no aluno para um ensino centrado no trabalho corporativo". Sinal disso é o facto de os velhos estrados que colocavam o professor num plano superior terem desaparecido ao longo do tempo. Nas novas salas pretende-se flexibilidade, para que o professor possa optar por um modelo de arrumação das mesas tradicional, em U, ou outro.

"Tem que servir a vida"
Será este programa ambicioso de mais sobretudo quando é preciso adaptá-lo a edifícios antigos? "A arquitectura está relacionada com a vida, tem que servir a vida, não é a vida que vai servir a arquitectura", defende Michel Toussaint, vice-presidente da secção regional sul da Ordem dos Arquitectos e professor de arquitectura na Universidade Técnica de Lisboa. "A questão patrimonial tem os seus limites, [senão] o edifício transforma-se num museu, ou então abandona-se e vai-se para outro lado. Se estamos perante um conjunto patrimonial, ele tem que ser conservado, sem dúvida, mas a forma de o conservar é também habitá-lo. A arquitectura não tem sentido se não for habitada. As escolas têm que continuar a ser escolas."
Quanto à concepção dos espaços de ensino, Toussaint lembra que um país como a Holanda, por exemplo, "tem uma tradição de experimentalismo na arquitectura, e isso tem muito a ver com a própria sociedade". Em Portugal "há outras tradições de ensino, outras condições financeiras, de organização social, de eficácia administrativa e até de experiência arquitectónica". Pode não ser fácil transferir experiências de outros países.
A Parque Escolar tem noção disso. Muito depende da forma como os professores reagem em cada escola, diz Teresa Heitor. O programa é discutido entre professores e arquitectos, que tentam adaptar o projecto da Parque Escolar às diferentes necessidades. Num processo em que as obras decorrem sem interrupção das aulas, "para a intervenção correr bem é essencial haver estabilidade na escola, além de liderança e capacidade [das direcções escolares] para mostrar que aquilo é para a melhorar."
Há escolas, reconhece Teresa Heitor, que têm maiores preocupações com a disciplina e não reagem tão bem à ideia de ter os alunos a circular pelos corredores durante os intervalos. Outras adaptam-se facilmente aos novos conceitos. Na D. Dinis, em Chelas, onde o arquitecto Ricardo Bak Gordon construiu um novo edifício que funciona como uma learning street, com vários espaços informais, "no primeiro ano os alunos passavam aí a maior parte do tempo", conta o director José António de Sousa. E passaram a ter muito mais cuidado com o equipamento - se antes era preciso limpar com frequência as paredes, isso deixou de acontecer. Poderá a arquitectura levar a um maior civismo?


07.06.2010 - 10:02 Por Alexandra Prado Coelho