Catálogo da BE

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Clube das Histórias - Projeto: abrir as portas ao sonho e à reflexão.

Iniciamos com este conto e durante seis semanas um ciclo dedicado ao valor da RETIDÃO.

Honrar a palavra

No negócio de mobílias usadas, não se pode comprar por catálogo, como se faz com as novas. As pessoas aparecem e o comerciante tem de ir às casas vê-las e fazer o seu preço. “Não se pode vender o que não se tem,” costumava dizer o meu pai. Por isso, estas visitas eram de extrema importância para ele.
Quando eu tinha 13 anos, o meu pai ficou sem o gerente da loja, um homem que, com o seu único braço, trabalhava muito mais do que muitas pessoas com os dois. Conseguia, por exemplo, suspender uma cadeira da ponta de uma vara, içá-la no ar e fazê-la deslizar até uns ganchos presos ao teto, bem à vista de todos quantos entravam na loja. Na falta do gerente, o meu pai veio pedir-me ajuda, pedindo-me que ficasse à frente do balcão enquanto ele procedia às visitas do dia, até se encontrar a pessoa certa. A loja tinha dezenas de milhar de objetos. “As pessoas gostam de regatear,” disse-me, “por isso não há preços marcados. Apenas tens de ter alguns pontos de referência.”
Levou-me a dar uma volta pela loja. “Podes vender um pequeno motor por quatro dólares. Por um frigorífico, dependendo do estado em que se encontrar, podes pedir entre trinta e cinco e sessenta dólares. Se tiver congelador, poderás ir até aos oitenta, vá lá, até aos cem dólares, caso esteja em ótimo estado. Se uma junta estiver solta, é para o lixo. Não ligues a riscos ou rachadelas. Os pratos vêm com a mobília e nem sequer os levo em consideração quando lhes atribuo o preço. Poderás vendê-los por um preço simpático, algures entre os cinco e os vinte e cinco cêntimos.”
Todos os dias depois da escola, voava na minha bicicleta até à loja. Um dia, estava eu a escrever o preço de um prato muito bonito numa tirinha de papel quando o meu pai entrou. Tinha pedido um dólar e o comprador não hesitou. Fiquei todo contente. O meu pai viu o que eu estava a fazer, virou-se para o cliente e disse, “Que bela pechincha leva aí! O meu empregado fez-‑lhe o preço e é esse o preço certo.” Mais tarde, perguntei ao meu pai, “Porque é que o pai disse aquilo?”
Tratava-se, pelos vistos, de um prato antigo que valia umas boas centenas de dólares. Fiquei descoroçoado. Tanto que me esforçava por dar o meu melhor. Pelos vistos, em vez de ajudar o meu pai, estava a fazê-lo perder dinheiro.
“Se quisesse, podia ter impedido o negócio,” disse ele. “Estavas a escrever o preço e ainda não tinhas pegado no dinheiro. Além disso, és menor de idade. Só que um judeu honra a sua palavra e a dos seus colaboradores.”
Este incidente haveria de ter uma consequência. Anos mais tarde, a minha mulher e eu tivemos de mandar uma grande quantia de dinheiro para a nossa filha em Israel. Um funcionário do banco aconselhou a minha mulher a enviar o dinheiro através de cheque visado, uma vez que, dessa forma, estaríamos isentos do pagamento de comissões. Quando recebi o extrato bancário, porém, reparei que nos tinha sido debitada uma série de taxas. Decidi, então, ir falar com a gerente do banco e explicar-lhe que um funcionário seu é que nos tinha aconselhado sobre a melhor forma de evitar despesas com o envio do dinheiro. Ouviu-me em silêncio e, no final, disse apenas, “Lamentamos o sucedido, mas acontece que o colega deu uma informação errada.”
Foi então que lhe contei a história do meu pai e de como ele fazia sua a palavra dos seus empregados, honrando-a. Terminei, dizendo, “Isto aconteceu sem que o cliente tivesse sido lesado e tendo o meu pai descoberto o erro antes de a transação ter sido efetuada. Imagine só como ele teria agido se tivesse havido danos! Espero que o meu banco atue no mínimo com a mesma integridade do meu pai.”
Durante todo o tempo em que falei, a gerente não proferiu palavra e assim continuou, enquanto eu aguardava a sua reação. Quando falou, a voz era suave. “O Banco de Comércio Imperial do Canadá não ficará aquém do seu pai,” disse, com toda a dignidade. Prometeu, então, a anulação de todas as taxas indevidamente cobradas.
Enquanto lhe agradecia e me preparava para ir embora, senti-me grato por uma história de integridade ainda ter o poder, nos tempos que correm, de tocar os corações e acordar consciências no mundo impessoal dos negócios.

Rabbi Roy D. Tanenbaum


Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Rabbi Dov Peretz Elkins
Chicken Soup for the Jewish Soul
HCIbooks, Deerfield Beach, 1999
(Tradução e adaptação)

CONCURSO LITERÁRIO PAULINAS EDITORA – 2012

Com o objetivo de colaborar com as escolas na promoção da leitura e da escrita criativa, a Paulinas Editora lança um concurso literário para o ano letivo de 2011/2012 com o tema:

Uma carta a uma personagem da coleção «O ESPÍRITO DA QUINTA», da autoria da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez.

REGULAMENTO DO CONCURSO

1. Destinatários: jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos.

2. Modalidade de participação: uma carta dirigida a uma das personagens da referida coleção, ocupando no mínimo uma página e no máximo duas páginas
de formato A4.

2.1. A carta deverá ter boa apresentação e ser escrita de forma clara, com correção formal e espírito criativo.

3. Os trabalhos concorrentes deverão ser acompanhados de uma folha onde constem os seguintes elementos:

– nome completo do participante, sua idade, ano de escolaridade, turma e estabelecimento de ensino que frequenta;

– nome do professor responsável e seu contacto telefónico e de correio eletrónico.

4. Os trabalhos deverão ser rececionados, até dia 13 de abril de 2012, na seguinte morada:

Paulinas Editora – Concurso Literário 2012

Departamento de Marketing

R. Francisco Salgado Zenha, n.º 11

2685-332 Prior Velho

5. O júri (do qual fará parte a autora da coleção «O Espírito da Quinta») avaliará os trabalhos apresentados, e a editora informará o vencedor através do contacto telefónico do professor responsável.

5.1. Da decisão do júri não haverá recurso.

5.2. O júri reserva-se o direito de não atribuir prémios caso a qualidade dos trabalhos entregues o não justifique.

6. O vencedor e o professor responsável deverão apresentar-se na Feira do Livro de Lisboa, em data a anunciar pela editora, para receberem os prémios: um prémio para o concorrente e outro para a biblioteca do respetivo estabelecimento de ensino.

7. A Paulinas Editora poderá vir a incluir alguns dos textos concorrentes no seum site ou noutros meios de divulgação da editora.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Bernardete Costa na Biblioteca da Escola Sede.

No dia 28 de fevereiro, pelas 10:30, a Biblioteca Escolar vai receber a escritora Bernardete Costa, que fará a apresentação do livro:
Transpiração – poemas para a juventude (10,00€)

Sinopse:

Gosto de pensar que os poetas ainda vivem com a utopia de mudar o mundo, porque gosto de pensar que, nem que para apenas uma pessoa, um livro se põe como mudador e a vida passa a ser um bocadinho outra coisa. Sobre a janela ou sobre a mãe, o pai, o país ou os namorados e mais o espelho, este livro é a oportunidade de nos inteirarmos do que sentimos e do que podemos fazer para nos sentirmos melhor. Com isso, se não mudar o mundo, podemos mudar nós.

Nesse dia, será realizada uma pequena Feira do Livro com obras da autora. Assim, será possível adquirir um exemplar autografado pela própria escritora.

Richard Zimler

No dia 13 de fevereiro, pelas 10:30, a Biblioteca Escolar recebeuo escritor Richard Zimler, que apresentou o seu livro:
Hugo e eu e as mangas de Marte

Nesse dia, realizou-se uma pequena Feira do Livro com obras do autor. Assim, foi possível adquirir um exemplar autografado pelo próprio escritor.
A Biblioteca Escolar, em nome da escola, agradece esta gentileza do escritor, sem poder esquecer o Sr. Antunes por nos ter brindado com tal ilustre presença.

Pela primeira vez a nossa escola está a participar no projeto EntrePalavras. Promovido pelo JN, este estimulante fórum, destinado aos alunos do 3.º ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade) vai já na sua 8.ª edição, sempre a formar cidadãos mais esclarecidos e exigentes, capazes de ler o mundo em que vivem, com conhecimentos mais aprofundados e capacidades de argumentação acima da média.
O seu grande objectivo é centrado num tema, debater uma tese suportada em argumentos que, por sua vez, a equipa contrária deverá rebater, estimulando a leitura e a troca de ideias num aceso confronto de pontos de vista entre escolas de Norte a Sul do país!
Para o ano lectivo 2011/2012, o fórum arrancou já no início do 1.º período e o término está previsto para Junho, mantendo a estrutura das últimas edições:

- Debates nas Turmas e Interturmas - a decorrer dentro de cada escola inscrita;
- Campeonatos Distritais - realizados entre as escolas apuradas de cada distrito;
- Fórum da Leitura e Debate de Ideias - grande final a nível nacional que reúne as duas escolas vencedoras de cada distrito.
A 8.ª edição do “Entre | Palavras” contará com uma comissão de honra, mais uma vez apadrinhada pela jornalista Fátima Campos Ferreira e por outras personalidades conhecidas da nossa sociedade. Os temas para este ano são:

  • "Poupança"

tese: "A poupança é uma atitude, uma forma de estar na vida, pratica-se diariamente nos gestos mais simples – no apagar da luz; no uso dos transportes públicos; no tipo e quantidade de alimentação que fazemos, etc."

  • "Honestidade"
tese: "Para quê ser honesto quando à nossa volta tudo é corrupto e parece que os desonestos é que têm sucesso?"
  • "Criatividade".
tese: "A criatividade tem mais a ver com a motivação do que com a inteligência, sendo essencial para a resolução de problemas!"

Assim, no dia 13 de fevereiro, tivemos entre nós uma equipa responsável pelo projeto. Esta sessão foi preparada pela professora Fátima Castro, em colaboração com a Biblioteca Escolar. Envolveu os alunos do 9.º F e o debate aconteceu no seio da própria turma. O tema escolhido foi a honestidade. tratou-se de um debate animado onde os alunos tiveram a oportunidade de expor as suas ideias e retirar dúvidas acerca da dinâmica do projeto. 
No final, a equipa responsável ofereu um conjunto de JN, um livro a cada aluno e uma coleção de livros à Biblioteca Escolar.