Catálogo da BE

sexta-feira, 8 de outubro de 2010




CONCURSO PAULINAS EDITORA – O ESPIRITO DA QUINTA


Com o objectivo de colaborar com as escolas na promoção da leitura e da escrita criativa, a Paulinas Editora lança um concurso para o ano lectivo de 2010/2011 com o tema:

CRIA UMA NOVA CAPA PARA UM LIVRO DA COLECÇÃO «O ESPÍRITO DA QUINTA», da autoria da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez.

REGULAMENTO DO CONCURSO

1. Destinatários: jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos.

2. Modalidade de participação: Criar uma capa diferente para um dos livros da referida colecção.

2.1. A ilustração deverá ser uma nova proposta para a capa de um dos livros, podendo ser utilizado qualquer tipo de material, nunca excedendo o formato de uma folha A4
2.2. De forma visível, deverá aparecer no trabalho de cada concorrente o título do livro a que se refere;

3. Os trabalhos concorrentes deverão ser acompanhados de uma folha onde constem os seguintes elementos:
- nome completo do participante, sua idade, ano de escolaridade, turma e estabelecimento de ensino que frequenta;
- nome do professor responsável e seu contacto telefónico e de correio electrónico.

4. Os trabalhos deverão ser recepcionados, até dia 15 de Abril de 2011, na seguinte morada:
Paulinas Editora – Concurso Literário 2010
Departamento de Marketing
R. Francisco Salgado Zenha, n.º11
2685-332 Prior Velho

5. O júri (do qual fará parte a autora da colecção «O Espírito da Quinta») avaliará os trabalhos apresentados, e a editora informará o vencedor através do contacto telefónico do professor responsável.
5.1. Da decisão do júri não haverá recurso.
5.2. O júri reserva-se o direito de não atribuir prémios caso a qualidade dos trabalhos entregues o não justifique.

6. O vencedor e o professor responsável deverão apresentar-se na Feira do Livro de Lisboa, em data a anunciar pela editora, para receberem os prémios: um prémio para o concorrente e outro para a biblioteca do respectivo estabelecimento de ensino.


7. A Paulinas Editora poderá vir a incluir algumas das ilustrações concorrentes no seu site ou noutros meios de divulgação da editora.

domingo, 3 de outubro de 2010

Implantação da República: testemunhos.



Testemunho de José Relvas


Lisboa, Rua da Esperança


03 de Outubro de 1910 – 20:30



Às 8,30 horas estavam no segundo andar da casa da Rua da Esperança, reunidos numa pequena sala, os chefes civis e militares. Só Afonso Costa se sentara numa poltrona, ao canto da casa, na sombra. Todos estavam de pé, projectando-se os primeiros círculos de luz mais intensa do candeeiro de suspensão em Cândido dos Reis e nos oficiais(…). O Directório, que estava representado por mim e Inocêncio Camacho, José Barbosa, Cupertino Ribeiro e Eusébio Leão, aguardava silencioso as palavras decisivas dos oficiais revolucionários(…).


Fonte: Machado Santos, A Revolução Portuguesa 1907-1910, (prefácio de Joel Serrão) Lisboa, Assírio e Alvim, Janeiro de 1982, p. VIII.



Testemunho de Raul Brandão


04 de Outubro de 1910 – 20:30


Morte de Miguel Bombarda



Mataram o Dr. Bombarda. Espalha-se na cidade que foram os padres que instigaram um tenente a assassiná-lo. É falso, mas há correrias no Rossio e o “Portugal” foi apedrejado. Toda a gente acredita num crime planeado, toda a gente se insurge contra o facto brutal – toda a cidade republicana se transforma num vulcão. No Rossio juntam-se grupos de gente taciturna e desesperada: - Mataram-no! Mataram-no! – ouve-se. À uma hora da noite o Machado Santos à frente dum bando de populares atira-se ao portão de Infantaria 16.


Fonte: Machado Santos, A Revolução Portuguesa 1907-1910, (prefácio de Joel Serrão) Lisboa, Assírio e Alvim, Janeiro de 1982, p. XIII.



Testemunho de Raul Brandão


Lisboa, Campo da Batalha


04 de Outubro de 1910 – 22:30



Às dez e meia da noite sei mais notícias: os navios bombardearam o Paço; as tropas fiéis à monarquia estão encurraladas no Rossio. “Toda a noite ouço o estampido do canhão, (…), para depois cair sobre a cidade um silêncio mortal, um silêncio pior. Que se passa? Distingo o assobio das granadas, e de quando em quando um despedaçar de beiral que cai à rua. E isto dura até à madrugada. De manhã as tropas do Rossio rendem-se e os marinheiros desembarcam na Alfândega.


Fonte: Machado Santos, A Revolução Portuguesa 1907-1910, (prefácio de Joel Serrão) Lisboa, Assírio e Alvim, Janeiro de 1982, pp. XIV- XV.



Testemunho de Machado Santos


Rotunda


04 de Outubro de 1910 – Noite



Os populares que estavam desarmados foram-se entretendo na construção de teóricas barricadas. Tudo servia, guaritas, madeiramento de obras, fios telegráficos, troncos de arvores, chapas de zinco, etc..


(…) granadas das baterias de Queluz começam a chover na Rotunda (…) o acampamento responde ao fogo do inimigo e o Quartel de Artilharia 1, com duas peças, defendia-se galhardamente; ao mesmo tempo uma viva fuzilaria envolvia por completo a Rotunda.


Fonte: Machado Santos, A Revolução Portuguesa 1907-1910, (prefácio de Joel Serrão) Lisboa, Assírio e Alvim, Janeiro de 1982, pp. 78- 79.







Testemunho do Marquês do Lavradio


04 de Outubro de 1910 – Tarde


Expectativa



Durante toda essa longa noite, o Ministério deixa o Rei isolado e sem conhecimento do que se está passando. Só pelas 2 horas da tarde do dia 4, o Governo se lembra do Rei para lhe dizer que vá para Mafra. Todos pensámos que em Mafra estava organizada uma defesa, por isso que, quando nos encontrávamos no Buçaco e houvera o projecto de um movimento, fora para ali que o Teixeira de Sousa mandara seguir El Rei, o que não teve lugar por o movimento ter sido abafado. Afinal, em Mafra, nada estava organizado, e o comandante da Escola Prática declarava que não tinha gente nem meios suficientes para defender Sua Majestade.


Já a República fora proclamada em Lisboa, quando El-Rei recebeu em Mafra, para assinar, o decreto de suspensão de garantias!


Fonte: Memórias do Sexto Marquês do Lavradio, Lisboa, Edições Ática, 1947, pp.153-154.



Testemunho de Paiva Couceiro



Ao nosso sempre Pai e comandante do grupo a cavalo podemos nós felizmente dizer que o seu Grupo cumpriu honradamente o dever até ao fim.


Fonte: Memórias do Sexto Marquês do Lavradio, Lisboa, Edições Ática, 1947, pp.153-154.



Testemunho do Marquês do Lavradio


Exílio



Cheguei a Gibraltar no dia 11 e encontrei a Família Real num grande estado de abatimento, mas com enorme coragem e dignidade.


Fonte: Memórias do Sexto Marquês do Lavradio, Lisboa, Edições Ática, 1947, p.160.



Testemunho de Aquilino Ribeiro



Lembro-me que foi o Matin, na madrugada de 4, o único jornal que anunciou a revolução em Lisboa. Um milagre da informação que fez pasmar as outras gazetas. Com o Serpa Pimentel, que me levou a casa a grande nova, abalei para a Cité Bergère, v. sabe, uma rua do Torna Atrás à mão direita de quem sobe dos boulevards a Rue du Faubourg de Montmartre. Era na hospedaria que tomara o nome da impasse, que estava instalado o nosso estado-maior.


Fonte: Aquilino Ribeiro, Um escritor confessa-se, Lisboa, Bertrand Editora, 2008, pp.322-323.



Testemunho de José Relvas


Proclamação da República


Às 9 horas da manhã de 5 de Outubro era proclamada a República Portuguesa pelos revolucionários que do Rossio se tinham dirigido para a Câmara Municipal, a casa que fora conquistada pelos republicanos nos últimos anos da Monarquia. Ali se encontraram os representantes do Directório: Inocêncio Camacho, Eusébio Leão, José Barbosa, Malva do Vale e José Relvas(…).


A Praça do Município regorgitava, cheia pela multidão que ali acorrera logo depois de pacificada pela confraternização do Rossio. Foram proclamados os membros do Governo Provisório: Presidente, Teófilo Braga; Interior, António José de Almeida; Justiça, Afonso Costa; Finanças, Basílio Teles; Guerra, Correia Barreto; Marinha, Amaro de Azevedo Gomes; Obras Públicas, António Luís Gomes e Estrangeiros, Bernardino Machado. (…).


Fonte: José Relvas, Memórias Políticas, Lisboa, Terra Livre, 1977, p.151.





Testemunho de António José de Almeida


Batalhou-se durante três dias, mas batalhou-se honrosamente e aqueles que pegaram nas espingardas saíram dessa luta com as mãos tão puras de sangue que, voltando a seus lares podiam tomar ao colo as crianças que encontravam no berço.


Fonte: Discursos do Dr. António José de Almeida (Presidente de Portugal) Durante a sua estadia no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de Setembro de 1922, por ocasião das festas comemorativas do 1.º centenário da Independência do Brasil, Rio de Janeiro, Jacinto Ribeiro dos Santos, 1922, p.36.


Testemunho de Aquilino Ribeiro


“O 5 de Outubro em Paris”


04 de Outubro de 1925


“No dia 5 confirmou-se o nosso palpite: a revolução, que se aguentasse mais trinta horas, teria fatalmente de vencer.
(…)
Nunca o nome de Portugal, como naquele dia, foi tão soprado nos boulevards. Nas parangonas, nas conversações, nas vozes surpreendidas ao passar, o estribilho era Portugal e sempre Portugal. Recapitulava-se a sua história, citavam-se as suas belezas naturais, com a mais calorosa simpatia e aprazimento pela revolução. O reconhecimento da República pôde demorar, mas desde a primeira hora o grande público francês esteve com ela de alma e coração.”


Fonte: “O 5 de Outubro em Paris”. Carta de Aquilino Ribeiro publicada pelo jornal O Popular, em 4 de Outubro de 1925. Publicado em RIBEIRO, Aquilino, Um escritor confessa-se, Bertrand Editora, Lisboa, 2008, pp.324-325.




VERDE
“Cor de esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país”.



VERMELHO
“Cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória”.





O ESCUDO



Sobre a esfera armilar, um escudo com as armas nacionais, constituído por uma área interior branca, com cinco escudetes azuis, em homenagem à bravura dos que lutaram pela independência e uma área exterior vermelha, com sete castelos amarelos, que representam a independência nacional.





1 de Dezembro de 1911



Instituição do Dia da Bandeira, primeiro feriado nacional republicano.





30 de Março de 1987



Decreto-Lei n.º 150/87 que actualiza, sintetiza e homogeneíza a diversa legislação dispersa, estabelecendo regras gerais de utilização da bandeira nacional da República Portuguesa.

A Portuguesa

Alfredo Keil (1850-1907), o autor da música do hino nacional português, é uma das mais interessantes figuras de artista do seu tempo, pelo carácter multifacetado da sua actividade como compositor, mas também como pintor, desenhador, coleccionador, poeta, pioneiro da arte da fotografia e, de um modo geral, representante daquele culto da arte típico do mundo ocidental nas últimas décadas do século XIX.

Autor de diversas óperas, música orquestral, canções e peças para piano, Alfredo Keil deve em parte a sua celebridade à marcha patriótica A Portuguesa, reflexo da comoção política, social e cultural que o Ultimato britânico de Janeiro de 1890 veio provocar durante a última fase do regime monárquico. Reagindo ao clima de efervescência colectiva e à retórica do “ressurgimento” da Pátria decadente, Keil terá composto a sua marcha ainda em finais do mesmo mês, solicitando ao poeta, dramaturgo e oficial da armada Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931) a feitura dos versos apropriados à circunstância. Num artigo tardio, Lopes de Mendonça viria a relatar a sua versão da génese da peça. Segundo esse testemunho, fora intenção do compositor publicar rapidamente o hino, numa larga tiragem, e distribuí-lo “profusamente” pelo país, para “não deixar arrefecer o entusiasmo do povo” e para que este o aprendesse quanto antes e o adoptasse como “canto de reivindicação nacional”. No mesmo artigo, o escritor dava também conta da tarefa – manifestamente ingrata, reconheça-se – de conceber a letra a partir de uma composição musical pré-existente: “Foi em íntimo acordo com o Keil, quase sempre em sua casa, que eu compus as estrofes, compasso a compasso” – escreve Lopes de Mendonça – “acomodando constantemente o verso não só à contextura musical, mas também às intenções de cada frase, engastando uma sílaba em cada nota que ele arrancava do piano, com o empenho, para nós ambos simpático, de afastar da letra o mais ligeiro vislumbre de sentimento monárquico”. O título terá sido adoptado por sugestão do autor literário, “como susceptível de congregar as aspirações patrióticas de todos os portugueses”. E foi sob esse título que o hino rapidamente adquiriu popularidade por todo o país, divulgado por meio de folhetos, partituras, jornais, adereços e objectos decorativos, sem esquecer o papel desempenhado pelos teatros na sua difusão.


Já em Abril do mesmo ano, os autores faziam questão de sublinhar, em carta distribuída à imprensa, o seu distanciamento relativamente às facções políticas então em confronto pela apropriação do hino: “Perante a vergonha duma afronta [...] desejámos que, sob o influxo dum canto patriótico, um só grito surgisse espontaneamente de lábios portugueses, grito veemente e enérgico que repercutisse lá fora como a afirmação duma nacionalidade vivaz, brado unânime que levantasse os ânimos abatidos [...]. Esse grito era o de: Viva Portugal!”. Fosse qual fosse a intenção original dos seus autores, A Portuguesa tornou-se efectivamente o cântico de predilecção dos estudantes e jovens militares empenhados nas manifestações patrióticas do início da década de 1890, geralmente imbuídas de um espírito de contestação às instituições do Estado, acusadas de subserviência perante os interesses estrangeiros. Terá sido principalmente a partir da revolta portuense de 31 de Janeiro de 1891 que A Portuguesa viu consolidado o seu estatuto de símbolo da mobilização republicana contra uma monarquia desacreditada. De facto, segundo rezam as crónicas, a República viria a ser proclamada a 5 de Outubro de 1910 ao som da Portuguesa, e, previsivelmente, a obra veio a ser adoptada como hino nacional por decreto da Assembleia Nacional Constituinte (19 de Junho de 1911), ao mesmo tempo que era oficialmente instituída a bandeira verde-rubra.


A Portuguesa tem sido diversamente apreciada enquanto realização poetico-musical – sendo certo que, como qualquer composição congénere, o seu valor de ícone patriótico se sobrepõe inevitavelmente a uma “pura” avaliação estética. À primeira vista, ressalta a óbvia afinidade com o modelo “revolucionário” da Marselhesa. A estrutura poetico-musical de ambas as peças é semelhante; não dispondo de um texto específico como ponto de partida, é provável que Keil se tenha servido do hino francês como molde da sua composição. As afinidades não se limitam aliás à estrutura: é notório o paralelismo imagético consubstanciado na inflexão ao modo menor em ponto idêntico de ambas as peças (“Mugir ces féroces soldats...”/“Ó Pátria sente-se a voz...”), vincando o contraste com o belicoso refrão “Aux armes, citoyens!”/“Às armas, às armas!”, que assinala em ambos os casos o regresso triunfal ao modo maior. O refrão, por seu turno, contém uma quase-citação do antigo Hino da Maria da Fonte (cuja popularidade em certos quadrantes, após a implantação da República, o recomendaria como potencial concorrente da Portuguesa à dignidade de hino nacional). Bem característica, de acordo com a intenção de Keil de introduzir na sua composição “umas leves mas significativas reminiscências dos nossos principais hinos e cantos populares”, parece ser a inflexão fadística da secção correspondente à evocação dos antepassados, emergindo de “entre as brumas da memória”. Note-se ainda o curioso tratamento harmónico dado ao verso inicial “Heróis do mar, nobre povo”, que vem conferir uma nota nostálgica (reforçada pela dinâmica piano) à escansão enfática dos versos, e que talvez constitua o momento mais subtil da partitura.


A versão primitiva da Portuguesa apresentava o inconveniente de possuir um âmbito melódico muito extenso (um intervalo de décima terceira entre as notas extremas), tornando-a imprópria para a execução pela voz inculta do cidadão comum. Esse facto, e também a existência de numerosas variantes, levaram à constituição, em Março de 1956, de uma comissão incumbida de estabelecer uma versão oficial do hino nacional. Essa versão (na tonalidade de dó maior, mais facilmente cantável por vozes de tessitura média) difere da original sobretudo na redução do âmbito da melodia e nalguns detalhes de natureza rítmica, aliás pouco significativos e amplamente sancionados pela prática; a mesma veio a ser publicada – infelizmente sem acompanhamento, nem indicações dinâmicas – no Diário do Governo, I Série, de 4 de Setembro de 1957, mantendo-se presentemente em vigor.



Paulo Ferreira de Castro



Hino Nacional (Centenário da República)


Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar


As duas estrofes que se seguem foram retiradas do Hino em 16 de Julho de 1957, e já não são cantadas.

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Henrique Lopes de Mendonça