Catálogo da BE

sábado, 12 de março de 2011

João Manuel Ribeiro: Paixão pela fantasia

É licenciado e mestre em Teologia, mas a sua vocação parece ser a literatura infantojuvenil. Foi há seis anos que escreveu o primeiro livro para os mais novos, Estrela e Príncipe da Paz. Nunca mais parou. Rondel de Rimas para meninos e meninas, A Menina das Rosas, (Im)Provérbios, Poemas da Bicharada ou Um, dois, três - Um mês de cada vez são alguns dos seus títulos, a que agora se juntam Meu Avô Rei de Coisa Pouca e Encrava-Línguas. João Manuel Ribeiro, 42 anos, procura despertar nas crianças a paixão pela fantasia que o seu avô lhe deu.
JL/Educação: O que lhe interessa na escrita para os mais novos?
João Manuel Ribeiro:
Procuro, por um lado, despertar o prazer pela leitura - trabalhando sobretudo as questões fonéticas, a rima, o ritmo e a musicalidade das palavras. E por outro, a imaginação. Mas isso não significa um descomprometimento com a realidade.
O que suscitou Meu Avô Rei de Coisa Pouca?
Até hoje foi o livro que me deu mais prazer escrever. É o meu primeiro 'romancezinho'. E o avô da história, é o meu. Passei a minha infância com ele. Era um homem fantástico, passava a vida a contar-me histórias, rimas, lengalengas. Cresci com a fantasia que o meu avô me pôs na cabeça. Quando comecei a escrever para crianças, impôs-se a necessidade de testemunhar a paixão pela fantasia que ele me deu.
A natureza ocupa um lugar muito central nesta obra. A terra, os animais, uma certa calma...
Hoje, talvez por culpa dos meios de comunicação social, vivemos muito em aflição. É a guerra no Iraque, os conflitos na Líbia, a crise, os impostos. Gosto de dar a possibilidade aos miúdos de refletirem sobre uma outra perspetiva. Mostrar-lhes que a vida também é feita de calmaria.
Encrava-Línguas faz parte da coleção ditos (im)populares totalmente escrita por si. Como surgiu? Foi um desafio da editora Trinta por uma linha. A ideia é brincar com alguma cultura popular, mostrando que tem muitas coisas verdadeiras, mas não está livre de crítica. O primeiro livro chama-se (Im)provérbios, e desmistifica uma serie de provérbios. Soletra a letra, é o segundo, e trata-se de uma brincadeira com as letras do alfabeto. Segue-se este onde brinco com a repetição das letras. Procurei não 'massacrar' os leitores com questões fonéticas, mas antes fazer versos pequeninos e divertidos. Vão ainda sair o quarto e quinto volumes: Adivinha adivinhão e Quadras Revoltas.
E que outros livros estão no prelo?
Na próxima semana sai Senhor Ato Camaleão, uma brincadeira com o acordo ortográfico, na editora Sete dias, seis noites. Em Maio, publico na Gatafunho, o primeiro livro de uma coleção de cinco. O primeiro é de poemas - Animalisses. O segundo, Carapaus ao Centro Sardinhas ao Quarteirão, de contos tradicionais sobre animais. Macacos me Mordam, com pequenas peças de teatro para crianças representarem para crianças, e o de contos A Cantar de Galo são os terceiro e quarto. O último, Para Tirar o Cavalinho da Chuva, é um romance sobre os cavalos selvagens do Gerês.


in Jornal de Letras

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dia Mundial da Água.

Decorrerá no próximo dia 22 de Março, dia Mundial da Água, das 15h às 16h, na biblioteca da escola, sede uma palestra denominada “Água, Meio Ambiente e Vida”, direccionada para as turmas E e D do 8.º ano de escolaridade. Esta palestra será proferida pela Dr.ª Manuela Silva do Departamento de Química da Universidade do Minho.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Palestra: "As fases da Lua e os Eclipses"

Decorrerá, no próximo dia 18 de Março, das 14.30h às 16.30h, na biblioteca da nossa escola, uma palestra denominada “As fases da Lua e os Eclipses” inserida nos conteúdos programáticos da disciplina de Ciências Físico-Químicas do 7.º ano de escolaridade, para as turmas C e F. Esta palestra será proferida pelo Dr. Luís Cunha, do Departamento de Física da Universidade do Minho.

19ª Jornadas de Bibliotecas Infantiles, Juveniles y Escolares

Bibliotecas y escuelas participativas: ¿qué va a pasar en el universo 2.0?

Decorrem, em Salamanca, as 19ª Jornadas de Bibliotecas Infantis, Juvenis e Escolares, nos dias 2, 3 e 4 de Junho.

Ver programa

in: http://www.cibevianaesposende.com/2011/03/19-jornadas-de-bibliotecas-infantiles.html

terça-feira, 8 de março de 2011

Referências à BE no programa de Português (2.º e 3.º ciclo)

1.4.3 Convém ter em conta que a existência de novos cenários, linguagens e suportes para o acesso à informação exige o domínio de literacias múltiplas, nomeadamente, a literacia informacional (associada às tecnologias de informação e comunicação) e a literacia visual (leitura de imagens). Este facto torna imprescindível, desde cedo, a convivência com diferentes suportes e com diferentes linguagens. No domínio do oral, poder-se-á, nalgumas situações, recorrer a textos orais gravados para realizar actividades que possibilitem: i) a aprendizagem de comportamentos sociais e linguísticos adequados aos diferentes contextos e situações de comunicação; ii) a sensibilização para a diversidade que a nossa língua apresenta, a vários níveis, fruto de múltiplos factores, nomeadamente, geográficos e sociais; iii) o contacto com discursos com diferentes graus de formalidade; iv) o alargamento do vocabulário. Para possibilitar este trabalho, as bibliotecas deverão integrar material áudio e vídeo que possibilite o desenvolvimento das competências atrás enunciadas. Entrevistas, debates, bons modelos de dicção de textos poéticos e contos narrados oralmente são alguns exemplos de textos a que se pode recorrer.
p. 63
Os espaços de leitura, dentro e fora da sala de aula, com particular relevância para a biblioteca escolar devem ser utilizados como lugares onde se vivem experiências gratificantes de contacto com os livros e com a leitura.
p. 64
1.5.1.2 A escola deverá dar ao material escrito um estatuto de especial relevo, não apenas no que diz respeito à sua quantidade e variedade, mas também no que toca à sua visibilidade, assumindo aqui uma importância fundamental os materiais expostos com o objectivo de informar e de divulgar. Nesse sentido um dos recursos a potencializar é a biblioteca escolar, actualmente inserida em centros de recursos equipados com as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Estes espaços devem constituir-se como pólos dinamizadores de actividades que envolvam toda a escola, esperando-se que desempenhem um papel relevante no que respeita à promoção da leitura, resultando em mais e melhores leitores. Tendo em conta a idade dos alunos, o envolvimento das famílias neste tipo de projectos ajuda a fomentar a criação de hábitos de leitura. A propósito da dinamização da biblioteca, as informações disponibilizadas pelo Plano Nacional de Leitura podem ser de grande utilidade. Outra área onde se espera que a biblioteca – como a escola em geral – desempenhe um papel relevante é a da implementação do uso das TIC, tendo em vista a criação de hábitos de pesquisa e o desenvolvimento de competências que permitam a todos aceder à informação em diferentes suportes e linguagens. No que respeita ao acesso à Internet, os alunos terão de aprender, desde cedo, regras básicas de segurança e de comportamento ético, principalmente no que diz respeito às questões de autoria da informação.

1.5.1.3 Enquanto contexto promotor de cultura a escola deverá criar oportunidades de aprendizagem através de um conjunto de acções que possibilitem a todos os alunos o acesso aos bens culturais. Quer saindo da escola para visitas a museus, exposições e bibliotecas, idas ao teatro e a outros espectáculos de natureza cultural, quer fazendo acontecer dentro da escola eventos significativos e enriquecedores neste domínio com o envolvimento da comunidade, a escola estará a contribuir decisivamente para esbater dificuldades no acesso à cultura e a contribuir para a construção de referências culturais partilhadas.
p. 67
Um espaço dedicado à leitura permite aos alunos ter acesso fácil e rápido ao livro. Aí podem ler sozinhos ou em pequenos grupos, em momentos de trabalho autónomo, ou escutar alguém ler para todos. Um tal espaço deverá estar equipado com livros e com outros materiais de leitura, que poderão ser trazidos da biblioteca da escola e substituídos regularmente
p. 67 e 68

2.5.2.4 Um recurso importante a potenciar é a biblioteca escolar ou o centro de recursos. Este espaço deve constituir-se como pólo dinamizador de actividades, enquadradas pelo PCT ou pelo PEE, como espaço ideal de leitura e de outras actividades. Espera-se sobretudo (mas não só) que desempenhe um papel relevante no que toca à promoção da leitura e que sirva para fomentar o desenvolvimento das competências de saber fazer. Ao mesmo tempo, o professor de Português tem responsabilidade na criação de acesso dos alunos a bens culturais: visitas a museus, a exposições e a bibliotecas, idas ao teatro e a outros espectáculos de natureza cultural. Alguns eventos culturais significativos e enriquecedores podem acontecer dentro da escola, com o envolvimento da comunidade.
p. 110
Para que os alunos atinjam os desempenhos descritos na competência, é necessário criar oportunidades de aprendizagem variadas, nomeadamente as que a seguir se enunciam, com propósito meramente exemplificativo:
(…)
vi) Envolvimento em actividades relacionadas com o mundo do livro e da leitura, que incentivem a autonomia leitora e o interesse pela leitura como fonte de prazer e de conhecimento do mundo: p. ex., diálogo livre sobre leituras realizadas; encontros com personalidades do mundo da escrita; criação de círculos e fóruns de leitura (na aula ou na biblioteca escolar; com recurso a meios electrónicos...);
p. 147
v) Instituição de circuitos de comunicação que assegurem a circulação dos escritos produzidos (rotinas de leitura de textos à turma, intercâmbio com outras turmas, página ou blogue da turma ou da biblioteca escolar);
p. 150
3.5.3 Contextos e recursos de apoio à aprendizagem.

3.5.3.1 A organização do trabalho pedagógico deve considerar e apoiar-se num conjunto de recursos que permitam o desenvolvimento articulado das diferentes competências. Destacam-se aqui, pela sua particular relevância, a referência a instrumentos de apoio à aprendizagem, à biblioteca escolar e à utilização das tecnologias de informação e comunicação, bem como aos elementos que no contexto local, regional e nacional permitam o estabelecimento de âncoras e de relações produtivas entre a língua, a sociedade e a cultura.
p. 151

3.5.3.3 O trabalho em sala de aula beneficiará grandemente de uma relação estreita com a biblioteca escolar, devendo esta possibilitar o acesso a uma variedade alargada de recursos que permitam apoiar e concretizar, de forma mais eficaz, o trabalho a realizar, por professores e alunos, no que respeita ao desenvolvimento das competências e dos desempenhos descritos para o ciclo. O referencial de textos proposto neste programa requer a existência, na biblioteca escolar, de uma variedade de livros nos diferentes tipos e géneros apontados, bem como de documentos em suportes variados, nomeadamente registos audiovisuais e recursos digitais de apoio às actividades de sala de aula ou orientadas a partir dela. O recurso à biblioteca escolar, tanto em articulação com o trabalho da sala de aula como livremente utilizada pelos alunos, integra-se numa prática inclusiva, que fomenta a autonomia e a disponibilidade para a aprendizagem ao longo da vida. Pretende-se criar condições para o desenvolvimento amplo das diferentes competências, em particular da leitura em diferentes suportes e da literacia da
informação. As actividades e projectos realizados deverão ter em conta, p. ex.: i) O uso da biblioteca escolar para realizar trabalhos de pesquisa, com base em diferentes suportes de informação; ii) O uso da biblioteca escolar para desenvolver a leitura por interesse pessoal; iii) O uso da biblioteca para completar e aprofundar conhecimentos; iv) A articulação com actividades e com programas desenvolvidos pela biblioteca escolar, em várias áreas do saber.
pp. 152, 153
3.5.3.5 O entendimento da língua como herança cultural e como prática que se vive em cada momento está presente na aula de Português e aprofunda-se através da interacção com agentes e eventos culturais, traduzida no acesso a lugares de cultura e a experiências ilustrativas das múltiplas facetas da prática da língua e da sua dimensão social e cultural. Esta dimensão contribui decisivamente para consolidar uma atitude de fruição e de apreciação da língua e das artes, desempenhando um importante papel no desenvolvimento da cultura de cada indivíduo e no favorecimento do diálogo que se pode estabelecer com a cultura do outro. Neste contexto, será de ter em consideração, p. ex: i) A organização de encontros orientados com escritores, ilustradores, editores, jornalistas, actores... ii) A organização de deslocações orientadas a espectáculos de teatro, recitais de poesia... iii) A frequência guiada de museus, exposições, biblioteca municipal, feiras do livro...
p. 153