Os processos cognitivos envolvidos na leitura a tinta e na leitura do braille são essencialmente os mesmos. As imagens conduzidas através das regiões específicas do cérebro são armazenadas e processadas para o seu sentido linguístico, sendo as mesmas para todo o tipo de leituras, sejam estas visuais ou tácteis. Artigos recentes, em jornais científicos, bem como na imprensa popular, referem que o cortex visual no cérebro, de indivíduos cegos ou normovisuais, é o lugar onde a imagem é armazenada. Portanto, a única diferença entre a leitura a negro e a leitura a braille está na modalidade de percepção necessária, para estabelecer um treino de transmissão de imagem através do cortex visual - quer dizer, os caminhos da visão para o cérebro por um lado e os caminhos do tacto por outro.
Um blogue que será o ponto de encontro da BE/CRE com toda a comunidade educativa. Um ponto de encontro de partilha/cooperação, experiências positivas e motivadoras... Um blogue ponto de encontro para todos os que diariamente se entregam a um trabalho exigente mas enriquecedor... Um ponto de encontro de professores, alunos e restante comunidade educativa com a sua BE/CRE. O blogue do Agrupamento Vertical de Escolas da Abelheira.
sábado, 27 de março de 2010
Sessão Especial de Leitura/Leitura para Todos.
No dia 22 de Março, da parte da manhã, realizou-se na nossa BE/CRE a Sessão Especial de Leitura/Leitura para Todos. Tratou-se de uma iniciativa do Núcleo de Educação Especial em articulação com a BE/CRE e teve a colaboração da Dr.ª Paula (Biblioteca Municipal) e de dois alunos da Escola Secundária de Monserrate, um aluno cego e uma aluna com baixa visão. O que esta sessão procurou demonstrar é que é perfeitamente possível integrar estes alunos em contexto de sala de aula, apesar de a presença de alterações nas estruturas ou funções da visão colocar limitações à realização de actividades que envolvem este sentido. Todavia, o funcionamento visual não depende apenas das condições do respectivo sistema, decorrendo também de um processo interactivo com factores contextuais, passíveis de serem manipulados com vista a minimizar barreiras à actividade e à participação.
No caso dos alunos com baixa visão ou com cegueira, muitas das barreiras com que se confrontam no contexto escolar podem ser minoradas, ou mesmo ultrapassadas no processo de ensino e aprendizagem.
Assim, esta sessão teve como macro-objectivo sensibilizar ã comunidade educativa para a importância da plena integração destes alunos nas actividades curriculares de modo a promover a participação dos alunos com alterações nas estruturas ou funções da visão no sistema de ensino e a aquisição de competências que lhes permitam autonomia e sucesso na escola e na vida. A aquisição de competências fundamentais para o seu sucesso educativo estão intimamente relacionadas com o domínio da leitura e da escrita, focando aspectos fundamentais do treino de visão, do braille e das tecnologias de informação, sem descurar as estratégias a que o professor deve recorrer para melhorar os níveis de actividade e de participação do aluno nos diferentes contextos de vida.
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