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terça-feira, 22 de junho de 2010

Saramago: Venda de livros aumenta quase dez vezes.



As vendas dos livros de José Saramago aumentaram quase dez vezes nos dias seguintes à morte do escritor, disseram hoje fontes de duas grandes cadeias de livrarias em Portugal.


Durante o fim-de-semana a Fnac teve um aumento de 800% na venda de livros do escritor, disse o director de marketing e comunicação da empresa, Viriato Filipe.


"Caim", "A Viagem do Elefante" e "Memorial do Convento" foram os títulos que registaram maior aumento de vendas, seguidos de outras obras, embora com aumentos de vendas menos significativos, acrescentou.


Já nas livrarias da Bertrand Editora, o aumento de vendas de livros de Saramago registado este fim-de-semana foi dez vezes superior ao ocorrido no fim-de-semana anterior à morte do escritor, disse a responsável de marketing da editora.


Marta Serra acrescentou que no fim-de-semana após a morte do escritor, as livrarias da Bertrand venderam 1 000 livros de Saramago contra os 100 do fim-de-semana anterior.


"Caim" (300 exemplares), "Memorial do Convento" (200 exemplares" e "A Viagem do Elefante" (150 exemplares) foram os títulos mais vendidos pela Bertrand após a morte do Nobel da Literatura.


Zeferino Coelho, responsável pela Editorial Caminho, editora de Saramago, corroborou o aumento da procura de obras do escritor nos dias seguintes ao seu falecimento.


Questionado sobre se a editora irá fazer reedições de obras do Nobel da Literatura, Zeferino Coelho disse que as obras de Saramago "se reimprimem constantemente".


"In Nomine Dei" e "Ensaio sobre a Cegueira" são títulos que a Editorial Caminho vai reimprimir de imediato, não porque sejam obras com aumento de procura, mas porque são títulos dos quais a editora tinha menores reservas em armazém, acrescentou Zeferino Coelho.


O responsável editorial da Caminho - editora do grupo LeYa - disse ainda que continuam a chegar à editora muitas mensagens de pesar pela morte de José Saramago.


"Como as pessoas não sabem para quem mandar as mensagens, acabam por fazê-lo para a editora", sublinhou.


José Saramago, 87 anos, morreu na sexta-feira ao início da tarde na sua residência em Tías, na ilha de Lanzarote (Canárias), após doença prolongada.

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